Resumo:
Várias fruteiras nativas apresentam múltiplo uso: tanto podem ser importantes para atender o crescente mercado de frutas amazônicas como para aproveitamento madeireiro. Entre essas espécies de fruteiras nativas destacam-se a castanheira, o bacurizeiro, o uxizeiro e o açaizeiro. A plena implantação do Código Florestal reacende a importância da seleção de espécies frutíferas e madeireiras nativas para promover a recomposição das Áreas de Reserva Legal (ARL) e Áreas de Preservação Permanente (APP). A consolidação do Código Florestal, desejo da sociedade brasileira para promover a recuperação de áreas que não deveriam ter sido destruídas e garantir um equilíbrio harmônico das atividades produtivas com o meio ambiente, indica a necessidade de aumentar a produtividade das propriedades agrícolas decorrente da redução de área útil. Nesse sentido, uma forma inteligente para os produtores seria promover a recomposição das ARL e APP com espécies vegetais que possam refletir em possível renda futura, contribuir para o equilíbrio da fauna e, sobretudo, criar uma nova natureza para as gerações futuras. Cabe às instituições de pesquisa gerar tecnologias que, ao serem disseminadas, gerem alternativas de renda e de emprego. Daí a importância da colaboração da sociedade em garantir maiores investimentos para ciência e tecnologia na Amazônia, para descobrir potenciais ocultos da magnífica biodiversidade, transformando em oportunidades para a população regional. É com esse propósito que a Embrapa Amazônia Oriental lança esta publicação intitulada “Do Extrativismo à Domesticação: o Caso do Bacurizeiro no Nordeste Paraense e na Ilha do Marajó”, de autoria de Antônio José Elias Amorim de Menezes, Alfredo Kingo Oyama Homma e Edgar Ricardo Schöffel. Retrata o esforço da Embrapa Amazônia Oriental no manejo e na domesticação de um recurso da biodiversidade amazônica, de uma fruteira que apresenta grande perspectiva de crescimento. O bacurizeiro tanto pode servir como árvore produtora de frutos e de polpa, como para finalidade madeireira e para recomposição de ARL e APP. Esperamos que esta publicação seja útil para os estudantes, técnicos, pesquisadores e produtores interessados no desenvolvimento do bacurizeiro. Claudio José Reis de Carvalho - Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em oito capítulos: 1 - Do extrativismo à domesticação: o caso do bacurizeiro no Nordeste Paraense e na Ilha de Marajó; 2 - Introdução; 3 - Extrativismo, domesticação e mercado de produtos; 4 - Escolha e preparo de áreas e plantio de bacurizeiro; 5 - Caracterizações das mesorregiões do Nordeste Paraense e Ilha de Marajó; 6 - Evolução do extrativismo para o manejo e o plantio; 7 - Conclusões; 8 - Referências.