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Na agricultura moderna, altas produtividades são metas prioritárias, até mesmo em função da necessidade de atender as demandas crescentes decorrentes do aumento da população e, também, da melhoria da renda dos trabalhadores. Seu sucesso é excessivamente dependente do em- prego de estimulantes de crescimento e de defensivos agrícolas, como os fungicidas, os inseticidas e, especialmente, os herbicidas. Tanto é assim, que o consumo anual desses produtos cresce em todo o mundo e no Brasil não é diferente, pois são comercializados aproximadamente US$ 5,0 bilhões em defensivos agrícolas sendo que, desse total, US$ 2,0 bilhões foram representados pelos herbicidas. Essas práticas agrícolas, entretanto, tem gerado nos últimos anos insatisfações de ordem social, tanto porque são causas de poluição dos recursos naturais, quanto por contaminarem os alimentos da dieta dos animais em geral e comprometerem a saúde dos humanos e a vida silvestre. Tais questões apontam para a necessidade de se encontrar fontes alternativas e eficientes para os atuais produtos em uso. Nos últimos anos, a ciência tem envidado esforços no sentido de encontrar, na natureza, moléculas químicas que possam ser usadas diretamente na forma de biodefensivos ou, então, servir de base para a formulação de novos produtos. Em primeira instância, moléculas químicas produzidas por plantas foram o principal foco dessas pesquisas, as quais levaram à descoberta de importantes substâncias químicas com potente atividade herbicida. Outra fonte importante, até por sua especificidade química, têm sido as toxinas produzidas por fungos fitopatógenos, os quais podem fornecer surpreendentes moléculas químicas com propriedades bioerbicidas. Ao publicar o presente trabalho, a Embrapa Amazônia Oriental sinaliza, claramente, seu compromisso maior com os interesses da sociedade ao mesmo tempo em que reforça seu posicionamento em relação às tecnologias que possibilitam a sustentabilidade dos diferentes sistemas agrícolas em uso. |
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