Resumo:
O levantamento e a identificação de doenças em espécies florestais na Amazonia vem sendo pouco estudados , em virtude do caráter exploratório até pouco tempo dominante nas. atividades que envolvem essas espécies na regiao. No entanto, a crescente demanda de madeira vem exigindo o plantio de espécies arbóreas de rápido crescimento, haja vista a grande demanda por sementes, registrada no Laboratório de Sementes da Embrapa Amazonia Oriental (Stein et al. 1997). Dentre as espécies que vem sendo utilizadas para reflorestamento na Amazonia destaca-se o mogno-africano, que vem substituindo o mogno-brasileiro, em virtude da sua alta resistência a broca da ponteira (Hypsypila grandella Zeller), principal praga do mogno-brasileiro. A partir de levantamentos efetuados em áreas de produtores de mogno-africano localizados no município de Igarapé-Açu, PA, foram observadas várias árvores com sintomas severos de manchas foliares e, no município de Santa Barbara, PA, plantas com sintomas de apodrecimento de raízes. Amostras de material vegetativo (folhas e raízes) foram coletadas no campo para serem analisadas. A partir de exames laboratoriais de folhas lesionadas e isolamentos para meio de BOA (Batata-Oextrose-Agar), detectou-se consistentemente a presença dos patógenos agentes causais das doenças, mancha areolada, mancha parda, queima do fio, mancha zanada, mancha foliar e podridão branca.