Resumo:
Tradicionalmente, a agricultura familiar na Amazônia é praticada via sistema itinerante ou nômade, conhecido popularmente por roça, feita por meio da derrubada e queima da mata virgem ou da capoeira. Os nutrientes contidos nas cinzas produzidas pela queima da biomassa vegetal ga- rantem, por um curto período, os elementos necessários à produção de alimentos. A queima facilita a vida dos agricultores em curto prazo, mas afeta negativamente a biodiversidade e a dinâmica dos ecossistemas, aumenta a erosão do solo e pre- judica a qualidade do ar. Já existem tecnologias alternativas para substituir a queima com vantagens, entre elas a trituração de capoeira preconizada pelo projeto Tipitamba e o próprio tema desta publicação: o plantio direto com o manejo do feijão guandu. A técnica do plantio direto sobre a palhada do feijão guandu - desenvolvida pela Embrapa Amazônia Oriental em municípios da região da Transamazôni- ca e do Baixo Tocantins desde o ano 2000 – é apresentada aqui pelo projeto Gestão Participativa de Recursos Naturais (Gespan). Com esta cartilha, o Gespan pretende contribuir para o desenvolvimento de uma agricultura familiar sustentável, pois apresenta uma prática agrícola compatível com o padrão socioeconômico e cultural da grande maioria dos agricultores familiares do Estado do Pará. Jorge Alberto Gazel Yared - Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em treze capítulos: 1 - Práticas de manejo do solo para produção agrícola familiar; 2 - Terra viva; 3 - Para que serve a matéria orgânica?; 4 - Como se cultiva na Amazônia?; 5 - Como acontece o empobrecimento da terra?; 6 - Como fazer a terra voltar a produzir com fartura?; 7 - Quais as vantagens do plantio direto?; 8 - O que é o plantio direto?; 9 - Como se faz o plantio direto?; 10 - Como manejar o plantio direto?; 11 - O guandu pode ser usado como alimento ou remédio?; 12 - Onde essa prática já deu certo?; 13 - E os resultados, são promissores?