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O coqueiro é uma das mais importantes culturas tropicais perenes, por possibilitar a geração de um sistema auto-sustentável de exploração, como ocorre em vários países asiáticos, onde é importante fonte geradora de divisas e uma das principais fontes de proteínas e calorias para populações locais. Segundo Cuenca (1998), do coqueiro praticamente tudo é aproveitável: raiz, estipe, inflorescências, folhas, palmito e, principalmente, o fruto. Deste último, uma simples transformação da casca, do endocarpo e do albúmen gera subprodutos ou derivados que servem para a fabricação de uma rica diversidade de artigos. Assim, do albúmen sólido obtêm-se produtos alimentícios e matéria-prima para diversos fins, como: borracha sintética, cosméticos, fluidos para freios hidráulicos de aviões, resinas sintéticas, inseticidas e germicidas, glicerina e, principalmente, subprodutos para a indústria de sabões. Da casca extraem-se produtos fibrosos, utilizados principalmente pela indústria têxtil e artesanal, na produção de vestuário, tapetes, sacaria, almofadas, colchões, acolchoados para a indústria automobilística, escovas, pincéis, entre outros. Do endocarpo obtêm-se carvões de alto valor calorífico e baixo teor de cinzas, utilizados na ourivesaria, metalurgia e indústria artesanal Entre as causas da baixa produtividade da cultura no Amazonas estão a ausência de manejo adequado e a ocorrência de pragas. A maioria dos plantios está situada em áreas de terra firme, onde predominam os latossolos amarelos com baixos teores de nutrientes, alto teor de alumínio e elevada acidez (Gasparotto et al., 1999), sendo comum a ausência de práticas de correção de acidez do solo e adubações adequadas. Em relação às doenças destaca-se a ocorrência de murcha-de-Phytomonas , a qual foi recentemente relatada no Amazonas (Araújo et al., 2000). É letal, de modo que a mortalidade de plantas é diretamente proporcional à sua incidência, já causando grandes perdas no Estado. |
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