Resumo:
A auto-avaliação das práticas de manejo florestal deve ser uma atividade corriqueira em qualquer empresa florestal. Tal como qualquer atividade ou processo de produção, o controle regular da qualidade previne problemas futuros com a fabricação de produtos e ou com a aplicação de métodos e processos. As práticas de manejo de florestas tropicais requerem, pela própria complexidade desse ecossistema, que a qualidade das operações seja periodicamente monitorada pelo gerente de campo, não somente para garantir a produtividade desejada, como também para evitar surpresas desagradáveis, caso o órgão ambiental encontre atividades sendo realizadas fora dos padrões mínimos estabelecidos em legislação. Dentro desse contexto, a Embrapa Amazônia Oriental em cooperação com o Cifor e Instituto Floresta Tropical e com o apoio financeiro da Organização Internacional de Madeiras Tropicais, conduziu o Projeto Bom Manejo, com o objetivo maior de incentivar a aplicação de práticas de manejo sustentável na região Amazônica. O projeto gerou diversas ferramentas para facilitar a aplicação dessas práticas, entre elas, uma que justamente permite ao manejador avaliar a qualidade das operações na floresta sob manejo. Essa ferramenta foi aplicada em duas empresas florestais colaboradoras do projeto. Este trabalho relata a experiência com a aplicação da ferramenta que, após os testes de campo, deu origem àquela que foi batizada de Monitoramento de Operações Florestais (MOP). Sua aplicação possibilita que o gerente de campo garanta a qualidade de suas operações, seja para atender a padrões de certificação florestal ou dos órgãos ambientais. É com imenso prazer que a Embrapa Amazônia Oriental lança mais esta publicação, visando contribuir para o uso sustentável das florestas tropicais brasileiras. Cláudio José Reis de Carvalho - Chefe-Geral da Embrapa Amazônia Oriental.