Este trabalho teve como objetivo determinar a relação e influência do campo eletromagnético sobre o organismo de cupins da espécie Cryptotermes brevis, ordem Isoptera, família Kalotermitidae, tendo como base o funcionamento fisiológico de seus sistemas. Para isto diferentes cupins foram submetidos a um campo eletromagnético máximo sob distintas temperaturas ambientes para avaliar a relação deste campo com o potencial elétrico biológico (teoria envolvida no desenvolvimento da equação de Nerst). Posteriormente, avaliou-se a variação da intensidade do campo eletromagnético, sob uma mesma temperatura, com o intuito de verificar a sensibilidade dos insetos ao mesmo. A partir dos resultados observou-se que os cupins são capazes de sentir a presença de um campo eletromagnético e responder a seus estímulos, por meio de taxia negativa e movimentações de corpo que se adaptam às variações de campo ao longo da região de exposição, como uma consequência da lei de Faraday de indução magnética e da hipótese ferromagnética, a qual se baseia na presença de partículas magnéticas no organismo que funcionam como sensores de campos. O campo eletromagnético fez com que os cupins tivessem descontrole de segmentos e de membros acessórios e alterações na estrutura de seus corpos. Estas alterações foram desencadeadas pela à influência do campo eletromagnético no sistema fisiológico que provocaram inchaço abdominal, escurecimento da extremidade abdominal, alteração cromática e, ou tonal dos segmentos torácico e abdominal, necrose de células e tecidos, perda de flexibilidade nas regiões moles do exoesqueleto (apódema) e alteração da permeabilidade da membrana ao sódio, sendo estes efeitos proporcionais à intensidade do campo. O campo eletromagnético ainda, quando em sua intensidade máxima (condições de teste), foi capaz de matar os cupins Cryptotermes brevis, independentemente da temperatura empregada.
This work aimed to study the relationship and influence of the electromagnetic field on the organism of the species of termites Cryptotermes brevis (Isoptera: Kalotermitidae), based on the physiological function of their systems. For that, different termites, were subjected to an electromagnetic field under different ambient temperatures to evaluate the relationship of this field with the electric potential biological (theory involved in the development of the equation Nerst). Later on, we evaluated the variation of the intensity of the electromagnetic field, under the same temperature, in order to check the sensitivity of insects to it. From the results it was observed that the termites are able to sense the presence of an electromagnetic field and respond to their stimuli through intense turn away and body movements that fit the changes in the field over the region of exposure, as a consequence of Faraday's law of magnetic induction and the ferromagnetic hypothesis, which is based on the presence of magnetic particles in the body which act as field sensors. The electromagnetic field has termites present uncontrolled of members and accessories segments and changes in the body structure of these insects. These changes were triggered due to the influence of the electromagnetic field in the physiological system that caused abdominal swelling, darkening of the abdominal end, change color and, or tone of the thoracic and abdominal necrosis of cells and tissues, loss of flexibility in the regions of the exoskeleton and soft alteration in membrane permeability to sodium, these effects being proportional to the field strength. The electromagnetic field even when at its maximum intensity (test conditions), was able to kill termites Cryptotermes brevis (Isoptera: Kalotermitidae) regardless of temperature.