Resumo:
Imaginar a atividade de reflorestamento na Amazônia, até recentemente, parecia paradoxal. Apesar da magnitude das florestas naturais existentes, o crescimento de áreas abertas nesta região, projeta um novo cenário para o desenvolvimento de florestas plantadas. As áreas abertas e as terras degradadas ou em processo de degradação, a crescente demanda por produtos de origem florestal, as dificuldades já sentidas para o abastecimento das indústrias de base florestal devido ao custo mais elevado de transporte da matéria prima proveniente de fontes naturais, aliados as exigências de ordem legal quanto à reposição florestal, são fatores que criam um leque de oportunidades para a atividade de reflorestamento. No Estado do Pará, com mais de 15% de extensão de suas áreas de florestas abertas, os projetos de reflorestamento se ampliam utilizando espécies diversas e para diferentes aplicações do produto final. Entretanto, faz-se necessário identificar e caracterizar a base tecnológica que dá suporte à essa atividade bem como as limitações que possam garantir a sustentabilidade dessa atividade na região. Nesse sentido, este trabalho reportando os resultados de um diagnóstico dos projetos de reposição florestal, no Estado do Pará, traz relevante e oportuna contribuição para o entendimento dos eventuais gargalos tecnológicos existentes. Por outro lado, o apoio recebido do Funtec, através da Secretaria de Estado de Ciência e Tecnologia do Estado do Pará - Sectam, demonstra, na prática, que estímulos oferecidos as instituições de pesquisa e ensino podem produzir informações estratégicas para subsidiar políticas públicas. Tatiana Deane de Abreu Sá - Chefe Geral da Embrapa Amazônia Oriental.