Resumo:
Após a execução de um inventário florestal na Embrapa-CPAF/AC, uma área de 20 ha de floresta foi selecionada para ser manejada de forma experimental com a aplicação de técnicas adequadas de planejamento e manejo, visando reduzir custos e danos à floresta, e aumentar o rendimento em todas as operações envolvidas no manejo. O objetivo do projeto foi avaliar a capacidade de suporte florestal, definir as operações básicas para o correto manejo da floresta, aprimorar coeficientes técnicos (custos e rendimentos) para a região, permitindo o planejamento e acompanhamento da exploração, e monitoramento das respostas da floresta ao manejo aplicado, buscando definir o melhor ciclo e taxas de corte. Também é objetivo do projeto servir como unidade demonstrativa de manejo florestal para produtores e técnicos da região. De maneira geral, a floresta da Embrapa-CPAF/AC apresentou bom potencial para manejo com volume médio de espécies comerciais acima de 50 cm de DAP em torno de 25 m³. ha-¹. O planejamento da exploração foi feito com base em um inventário prospectivo e levantamento topográfico da área. As árvores foram mapeadas e as trilhas de arraste projetadas antes da exploração e marcadas no terreno por meio de balizamento. Exploraram-se em torno de 20 m³. ha-¹, a carga média por ciclo foi de 4.2 t, para uma distância média de arraste de 190 m e um tempo total de 25 minutos. O limite para a exploração econômica da 3 floresta, calculada para as condições da região, foi em torno de 5 m por hora. O corte de cipós e derrubada orientada das árvores contribuíram para reduzir os danos da exploração estimados em 0.25 m³ para cada metro cúbico extraído. A floresta manejada cresceu significativamente mais rápido, no período de estudo, do que a floresta não perturbada, especialmente nos dois primeiros anos após a exploração. Como já era esperado, também a mortalidade e o ingresso foram mais elevados na floresta manejada. O crescimento em volume das espécies comerciais, em torno de 1.7 m³. ha-¹, é um indicativo de que tanto o ciclo como a taxa de corte adotados foram adequados. A diminuição das taxas e crescimento da floresta, após o
segundo ano, recomenda o uso de tratamentos silviculturais.