Resumo:
O objetivo desse estudo foi de interpretar a dinâmica do extrativismo vegetal na Amazônia. Apesar de se tratar de recursos naturais renováveis, o que permitiria a sua extração definitiva, em termos potenciais, são evidenciadas na evolução de sua extração três fases distintas: expansão, estagnação e declínio. Dentre as causas endógenas que levam ao desaparecimento da atividade extrativa estão: (1) aquelas inerentes à extração do recurso em si, dado o desequilíbrio na taxa de regeneração; (2) o processo de domesticação e (3) o desenvolvimento de substitutos industriais, dada a incapacidade do setor extrativo em atender à demanda crescente. O estudo aponta também variáveis exógenas ao processo extrativo: a expansão da fronteira agrícola e o crescimento populacional que, por requererem maior demanda de terras, destroem a base extrativa, independentemente de sua rentabilidade. O melhor conhecimento das relações econômicas que orientam o processo extrativo poderá ser útil na consecução de medidas conservacionistas e preservacionistas, com vistas a assegurar eqüidade para as futuras gerações.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em treze capítulos: 1 - Resumo; 2 - Abstract; 3 - Introdução; 4 - O extrativismo vegetal como ciclo econômico; 5 - A classificação da atividade extrativa e o processo de evolução do mercado; 6 - A influência da domesticação de recursos extrativos; 7 - A permanência do sistema extrativo como ativos fixos; 8 - A descoberta de substitutos sintéticos no contexto do extrativismo vegetal; 9 - Uma interpretação para o processo de extração madeireira na Amazônia; 10 - A natureza teórica do esgotamento do recurso extrativo; 11 - A expansão da fronteira agrícola e o crescimento populacional; 12 - Conclusões; 13 - Referências bibliográficas.