Resumo:
Efetuou-se uma análise da evolução e perspectivas da cajucultura nordestina, através de cenários com e sem incentivos fiscais. As evidências empíricas mostraram que os incentivos fiscais foram ineficientes como instrumento de política agrícola voltada para o aumento da eficiência técnica. Uma das prováveis causas ao entrave à modernização da cultura no período incentivado relacionou-se à insuficiente tecnologia disponível, incapaz de aumentar a produtividade da terra. Seu baixo preço motivou também os usuários dos incentivos à implantação de grandes áreas, o que lhes facultava acesso à captação de maior volume de recursos financeiros. A senectude dos pomares, interiorização da cultura em solos às vezes inadequados, maior incidência de doenças e pragas devido à alta concentração dos plantios foram outros condicionantes à drástica redução nos rendimentos. Em decorrência das limitadas possibilidades de expansão de novas áreas, urge que se intensifiquem os esforços em pesquisas voltadas para ganhos de produtividade por unidade de área.