Resumo:
As ações do homem sobre o meio têm relação direta com seu bem-estar. Nesse sentido, no estabelecimento de políticas públicas devem ser consideradas a qualidade ambiental e as funções dos ecossistemas em todos os níveis. O Zoneamento Ecológico-Econômico (ZEE) tem sido usado como ferramenta básica para o estabelecimento destas políticas. O zoneamento tem por base a definição de conjuntos similares em que prevalecem características físicas, socioeconômicas, político-culturais, etc. Ao reunir grupos similares, as distinções são destacadas, por meio de uma análise múltipla e integradora. Esses agrupamentos e distinções permitem a integração das informações e apontam o diagnóstico ambiental da área planejada que, posteriormente, possibilita as formas de intervenção mais adequadas. A síntese e o agrupamento de recursos naturais são os primeiros a serem feitos, sendo inserida informação sobre geologia, geomorfologia, pedologia, cobertura vegetal, fauna e biodiversidade, considerando suas potencialidades e restrições de usos. Uma forma de apresentar os resultados é por meio da confecção de mapas temáticos. No ZEE do Estado do Acre, a Embrapa Acre, em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente do Estado do Acre, esteve à frente da elaboração destes mapas nos temas geologia, geomorfologia e solos. Este trabalho apresenta os resultados do estudo de caso realizado em uma área entre Assis Brasil e Brasiléia, com vistas a adequar a metodologia utilizada nos zoneamentos à realidade local do Estado do Acre.