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A mangabeira (Hancornia speciosa Gomes) já fora objeto de intensa exploração no período áureo do ciclo econômico da bor- racha extrativa e durante a Segunda Grande Guerra Mundial. Látex de densidade bastante semelhante ao de Hevea apresenta pH alcalino logo ao fluir da árvore (pH 7,12), acidificando-se, a seguir, até alcançar níveis abaixo de pH 4. Conserva-se fluido sem adição de preservativos, entretanto, sua estabilidade mecânica é baixa. Trans- formado em meio estéril, por adição de 0,3% de amônia e 0,3% de pentaclorofenato de sódio, crema por ação da hemicelulose (pó de jutaí) e da goma adragante dando um creme em torno de 52% de concentração com uma eficiência de separação acima de 97%. O látex de mangabeira pode ser coagulado por meio de ácidos entre os quais os ácidos clorídrico, sulfúrico e acético e, ainda, por ação de soluções de cloreto de sódio e de alúmen. O melhor coagulante, todavia, é o ácido clorídrico na proporção de 1% do ácido concentra- do (D = 1,19) em diluição a 3% sobre a borracha seca a coagular. A borracha de mangabeira é mole, destituída de nervo, muito plástica (plasticidade Wallace 32) de elevado PRI (82) e baixo teor de nitro- gênio e cinzas. É borracha altamente resinosa (em torno de 12%) podendo, entretanto, encontrar-se amostras com extrato acetônico em torno de 7%. Quando vulcanizada pela fórmula ACS-II com 4% de ácido esteárico, a borracha de mangabeira apresenta valores de carga de ruptura cerca de 20% inferiores aos das borrachas de Hevea, baixos módulos de elasticidade, elevados valores de alongamento final, baixo valor de rigidez e ainda baixos valores de deformação permanente, o que permite antecipar tratar-se de borracha de cura lenta e de boas características de resiliência. |
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