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O coco de babaçu, embora produto extrativo, se mostra com potencial de ocorrência em escala capaz de alimentar uma Importante indústria de transformação, principalmente, no Estado do Ma- ranhão, onde cerca de 37% da área se apresenta coberta de mata com dominância da palmeira de babaçu (Orbignla spp). A atual economia babaçueira se assenta sobre intensa utilização de mão-de-obra pois que, a amêndoa, o único componente aproveitado, é extraída pela quebra manual do coco, cabendo a cada extrato r a produção média de 5 kg por dia de trabalho. Inúmeros estudos têm sido feitos. no Brasil e no exterior objetivando o aproveitamento integral desse produto extrativo. Admitindo-se a produção anual de coco da ordem de 17.600 kg por hectare em cocal desbastado, com 100 a 110 palmeiras produtivas por hectare e de acordo com os índices técnicos determinados em experiências de laboratório, um hectare de cocal poderá fornecer, anualmente: 2.640 kg de epicarpo com possibilidade de aproveitamento local como combustível; 10.384 kg de endocarpo que submetidos à pirogenação produzirão 2.949 kg de carvão (23.592.000 kcal): 125kg de metileno (750.000 kcal); 1.973 m3 de gás (2.594.495 kcal): 3.520 kg de mesocarpo com 2.112 kg de arniláceos que por fermentação poderão produzir 823,68kg de etanol (5.848.128 kcal): 1.056 kg de amêndoas das quais se poderá extrair em torno de 580 kg de óleo com potencial energético de 5.229.000 kcal. A relativamente pequena produção de óleo de babaçu é toda consumida pelas indústrias alimentares e outras indústrias de transformação razão pela qual a utilização do mesmo como carburante ou combustível, na presente conjuntura, não seria viável nem recomendável. Em síntese, o potencial energético representado pela produção anual de coco de um hectare de cocal nativo desbastado, abstraindo-se o com- ponente amêndoas, será de 32.784.623 kcal. Não existe, até o pre- sente momento, nenhuma unidade industrial de processamento mecanizado visando o aproveitamento integral do coco de babaçu. A viabilidade técnico-econômica de um empreendimento dessa natureza está condicionada a estudos de pré-investimento contemplando aspectos tecnológicos em processamento, agronômicos e, ainda, pesquisas de natureza sócio-econômica, |
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