Resumo:
Apesar de a castanha de caju (matéria-prima) ter influência decisiva no resultado final da cadeia produtiva da amêndoa de castanha de caju (ACC) brasileira, os métodos de classificação e seleção utilizados atualmente não conseguem distinguir com precisão as suas diferenças qualitativas. O método de classificação é eficiente quanto à separação por tamanho, enquanto a seleção das castanhas, que deveria considerar os aspectos qualitativos, praticamente, não é utilizada, pois ainda não existe um método aprovado. Com isso, os preços praticados não privilegiam a qualidade da matéria-prima. Os produtores, por sua vez, não se sentem estimulados a produzir com qualidade. Reside aí, portanto, uma das principais causas da baixa competitividade da cadeia produtiva da ACC brasileira. Dessa forma, a hipótese central deste trabalho é que as castanhas de caju classificadas por tamanho (pequena, média e grande) e selecionadas por um método de imersão em água (imersa e flutuante), apresentam, quando processadas, uma rentabilidade econômica bastante diferenciada, merecendo, portanto, um tratamento também diferenciado. Os resultados obtidos amparam a hipótese formulada, visto que todas as classes de castanha que submergiram apresentaram, quando processadas, rentabilidade econômica bastante superior às classes
de castanha selecionadas como flutuantes.