Resumo:
Com o objetivo de verificar o efeito do estresse salino em plântulas de cajueiro-
anão precoce instalou-se um experimento, em que mudas enxertadas do clone
CCP 76 foram submetidas a diversos níveis de salinidade. Os tratamentos
salinos consistiram na aplicação diária de 50 mL da solução salina, diretamente
no tubete, sem contato com as folhas. Semanalmente foram realizadas medidas
das trocas gasosas das plantas e, após 30 dias, mediram-se a condutividade
elétrica da água de drenagem, a área foliar das plantas, as matérias secas total e
foliar e os teores foliares de cloreto, sódio e potássio. A irrigação dos tubetes
com água salina proporcionou um acúmulo de sais no substrato e um aumento
dos níveis de sódio e cloreto foliares dos tratamentos 2,5 e 3,0 dS m-1, sem,
contudo, alterar o teor de potássio foliar. O estresse salino não alterou a taxa
fotossintética líquida, condutância estomática e transpiração, nem afetou a
concentração interna de CO2 das mudas de cajueiro-anão precoce, em nenhum
dos níveis utilizados. Como conseqüência, a área foliar e as matérias secas das
folhas e de toda a planta, em todos os tratamentos foram estatisticamente
idênticas, reforçando a natureza não deletéria dos tratamentos utilizados.