Resumo:
O progresso do mofo-preto e as relações entre a severidade e a produção de
castanha foram estudados durante três anos consecutivos. Os trabalhos foram
conduzidos em Pacajus, CE, região de elevada incidência da doença. Três níveis de intensidade da doença foram provocados pela aplicação semanal, quinzenal e não aplicação dos fungicidas benomyl e oxicloreto de cobre, alternadamente. Utilizou-se o delineamento experimental de blocos ao acaso, com três tratamentos, seis repetições com nove plantas por parcela e bordadura dupla. Antes do início do estudo, todas as plantas da área experimental foram desfolhadas, para se uniformizar o início da epifitotia. Análises de correlação e de regressão linear foram feitas, visando-se examinar as relações entre a produção e o mofo-preto, medido pelo índice de severidade (IS) ou pela área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD). Os níveis máximos de severidade do mofo-preto foram alcançados no final do período chuvoso, o qual coincide com o início da floração do cajueiro. A produção de castanha foi significativamente reduzida pela severidade da doença nos três ciclos estudados. As percentagens de danos entre os três ciclos não foram significativamente diferentes e apresentaram uma média de 33,28%.