Resumo:
A baixa produtividade dos pomares, atualmente menos de 220 kg de castanha/ha, é o principal problema da cajucultura no Brasil, o que torna a obtenção de cultivares com produtividades superiores a 1.300 kg de castanha/ha, em cultivo de sequeiro, a prioridade de pesquisa. Some-se a isto a necessidade de incorporarem-se, nos novos materiais, as características de interesse da indústria de beneficiamento da castanha. Neste trabalho são apresentados os resultados da avaliação de 26 novos clones de cajueiro anão precoce, em blocos ao acaso, quatro repetições e quatro plantas/parcela, no espaçamento 7 m x 7 m, em cultivo de sequeiro, com a inclusão de quatro clones comerciais como testemunhas. Os clones que apresentaram maior taxa de crescimento em altura nos seis anos de avaliação foram CAP 01, CAP 05 e CAP 12, demonstrando porte intermediário entre cajueiro do tipo comum e anão. A altura média desses clones, em 1996, foi superior em mais de 70% à
média das alturas dos clones testemunhas (2,43 m). Em relação ao diâmetro da copa, os clones CAP 10, CAP 06 e CAP 26 destacaram-se com maior envergadura, com média superior em mais de 63% a média do tamanho da copa dos clones testemunhas (4,79 m). A análise da produção de castanhas dos seis anos permitiu destacar os clones CAP 12 e CAP 18 como os que se mantiveram mais regulares. Pela análise da produção de 1996, os clones CAP 12, CAP 18 e CAP 26 destacaram-se com as produções de 1.509,9 kg, 1.281,4 kg e 1.261,7 kg por hectare, respectivamente, correspondendo ao aumento de até 175% em relação à testemunha mais produtiva. Os resultados obtidos credenciaram os clones EMBRAPA 50 (CAP 26) e EMBRAPA 51 (CAP 06) como recomendados para o plantio comercial na região litorânea do Estado do Ceará,
em regime de sequeiro.