Resumo:
O palmito é um produto de alto valor nos mercados interno e externo. Cerca de 90 % do palmito comercial brasileiro procede do extrativismo, sendo oriundo principalmente do açaí (Euterpe oleraceae Mart.), da região do delta do Rio Amazonas, e da juçara ou palmiteiro (Euterpe edulis Mart.), da Mata Atlântica das regiões Sul e Sudeste. Entretanto, algumas espécies de palmeiras vêm sendo cultivadas para a exploração permanente de palmito. Dentre elas destacam-se a pupunheira (Bactris gasipaes Kunth var. gasipaes Henderson) e a palmeira-real (Archontophoenix alexandrae Wendl. & Drude e Archontophoenix cunninghamiana (Wendl.) Wendl. & Drude. A expansão do cultivo das palmeiras para palmito para diversas regiões brasileiras; a execução de plantios durante todo o ano, às vezes em épocas desfavoráveis; a alta demanda por mudas e o seu manejo inadequado têm favorecido a incidência de problemas bióticos e abióticos, principalmente na fase de produção de mudas. Entre os problemas bióticos, temos as pragas e doenças, que incluem insetos e fungos, os quais têm causado danos significativos em viveiros de produção de mudas, prejudicando a qualidade das mudas. Assim, em função das freqüentes solicitações, principalmente por parte dos viveiristas e produtores, sobre informações do controle fitossanitário em viveiros de cultivo de palmeiras, foi elaborada esta publicação, a qual aborda os aspectos fitossanitários relacionados com a produção de mudas, enfocando as medidas que podem ser adotadas, de maneira integrada, na prevenção e no controle das doenças e pragas.