Resumo:
Avaliou-se uma população híbrida de cajueiro-anão precoce, estabelecida a partir de cruzamentos do clone CCP 76 (suscetível) x BRS 226 (resistente) quanto à resistência genética à resinose. O experimento foi realizado em condições de telado com 66 indivíduos e os clones CCP 76 e BRS 226, no delineamento inteiramente casualizado (DIC) com cinco repetições. Plantas com idade de 1,5 anos foram inoculadas com Lasiodiplodia theobromae e aos trinta dias avaliaram-se os sintomas externos, como amarelecimento, exsudação
de resina e morte das plantas, e os internos, pelo comprimento da lesão a partir do ponto de inoculação. Não se constataram amarelecimento e nem morte das plantas, e a liberação de resina não se constituiu como padrão nas respostas às infecções. Pelos sintomas internos verificou-se que o fungo foi (pouco) agressivo e todos os indivíduos foram suscetíveis ao fungo. Não houve diferença estatística entre as plantas avaliadas. Sugere-se aumentar o período entre a inoculação e a avaliação dos sintomas internos das plantas para a obtenção de uma resposta diferenciada dos indivíduos em relação à resistência ao fungo. Além disso, o cultivo dos indivíduos dessa população em áreas
com alto potencial de doença mostra-se promissor para caracterizá-las
quanto à resistência genética à resinose.