Resumo:
A coleta de óleo de copaíba, nativa da Amazônia em escala comercial, é algo recente e, como conseqüência, as iniciativas de estudos técnico-científicos relacionados ao sistema produtivo encontram-se em fase embrionária, especialmente em relação ao manejo das áreas de coleta, existindo uma grande lacuna em termos de conhecimentos. Essas pesquisas necessitam ser definidas e estabelecidas por meio de critérios que priorizem essas demandas, para evitar desperdício de recursos financeiros (públicos e privados) e de esforço humano, com benefícios ao setor produtivo e ao consumidor. Esses critérios de priorização, por sua vez, devem considerar fatores não somente econômicos, mas também sociais e ambientais. Neste sentido, a identificação das demandas servirá como subsídio para implementar políticas públicas de pesquisa, de transferência de tecnologia, socioambientais e de crédito agroindustrial, assim como, de norteadores de investimento para o setor privado (extrativistas e processadores). Os resultados dessas ações deverão trazer melhorias à capacidade competitiva das indústrias de processamento e à sustentabilidade das áreas de reservas extrativistas e outras áreas de conservação, contribuindo, dessa forma, para a preservação da floresta amazônica e de sua biodiversidade. O objetivo deste trabalho foi identificar e priorizar as demandas de natureza tecnológica, resultantes de problemas que atuam como entraves ou “gargalos” ao desenvolvimento do sistema produtivo de óleo de copaíba.