Resumo:
Modelos matemáticos e simuladores têm sido desenvolvidos para prever a
lixiviação de agrotóxicos em solos, permitindo grande economia de tempo e
recursos financeiros, além de permitir análises de risco com maior
representatividade e confiabilidade. O Brasil ainda não faz uso dessas
ferramentas no processo de avaliação de risco e classificação ambiental dos
agrotóxicos. Estas ferramentas não são utilizadas pelas autoridades nacionais
por não estarem adaptadas às condições brasileiras. O presente trabalho teve
como objetivo desenvolver uma ferramenta computacional para simulação da
lixiviação de agrotóxicos em cenários agrícolas brasileiros. A ferramenta
computacional recebeu o nome de ACHA, que se refere ao acrônimo de
Avaliação da Contaminação Hídrica por Agrotóxico. Para simulação do fluxo
no solo utilizou-se a equação de Richards e para o transporte de agrotóxicos
considerou-se os mecanismos de convecção, dispersão e difusão na fase
líquida. A sorção do agrotóxico na fase sólida foi descrita pela isoterma de
Freundlich e a degradação por uma equação de primeira ordem. O efeito dos
fatores ambientais como temperatura, umidade e profundidade do solo é
considerado na simulação da degradação do agrotóxico no solo. Os processos de absorção de água e agrotóxicos pelas plantas não são
considerados. A ferramenta é composta de três partes: (i) código em Fortran
para solução e integração dos modelos matemáticos; (ii) base de dados para
armazenamento dos cenários e (iii) interface gráfica para inserção dos dados
de entrada e visualização das simulações. Como resultados, a ferramenta é
capaz de simular perfis de umidade e concentração do agrotóxico no solo em
função do tempo.
Descrição:
O conteúdo do é apresentado em: Resumo; Abstract; Introdução; Descrição teórica do simulador; Soluções numéricas das equações do fluxo da água, temperatura do solo e transporte de agrotóxico; Desenvolvimento e procedimentos para uso do ACHA; Conclusões; Agradecimentos; Referências.