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Na última década, ocorreram significativos avanços nas ciências florestais no Brasil, acelerando a revisão de muitos conceitos e princípios sobre as potencialidades dos recursos florestais, principalmente no que se refere aos recursos florestais da Amazônia, considerando sua complexa e ainda pouco conhecida biodiversidade. Somente no Estado do Acre, alguns milhares de quilômetros quadrados de florestas passaram pela planificação de suas atividades de exploração, seja esta com fins de conversão florestal, ou visando à utilização em planos de manejo florestal. Neste contexto, é fundamental para economia da Amazônia, a realização de diagnósticos florestais que considerem não somente o potencial madeireiro, mas ainda a biodiversidade, os produtos não-madeireiros, a fauna silvestre, a economia local, as políticas públicas para o setor em nível nacional, regional e local, e principalmente os interesses das comunidades inseridas na floresta. Os diagnósticos florestais, também conhecidos como inventários, requerem precisão em todas as fases do processo de execução, como nos levantamentos de campo, na escolha do método mais adequado a cada situação, no sistema de amostragem selecionado, no processo de alocação das unidades amostrais, no processamento, interpretação e análise dos dados biométricos. No entanto, a não-adoção da estratificação florestal no diagnóstico, para áreas com significativas variações de tipologia, tem acarretado serias distorções na fase de planejamento da atividade florestal, seja esta com fins madeireiros, não-madeireiros, ou para tomada de decisão sobre a escolha da área florestal mais adequada à conservação.Estas distorções, decorrentes da fase de planejamento da atividade, geram falhas no procedimento de compartimentalização da área florestal, da estimativa do potencial madeireiro e não- madeireiro. Este documento detalha todo o planejamento e processamento do diagnóstico florestal sistematizado pós-estratificado, com múltiplos inícios aleatórios, demonstrando a adaptação e consolidação de três métodos numa única análise, o que permite extrair vantagens técnicas e operacionais que garantam uma excelente precisão na definição de zonas florestais, muitas vezes não percebidas pelo manejador florestal. Esta publicação destina-se aos profissionais das áreas de ciências agrárias, florestais e biológicas. |
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