O presente trabalho foi realizado com os objetivos de comparar a auto e
alocompetição entre clones de eucalipto e estimar parâmetros relacionados à
capacidade de exercer ou tolerar a competição, ao nível de plantas. Para tanto,
foram utilizados seis clones comerciais, pertencentes à empresa florestal
PLANTAR S/A. Em agosto de 2007, foi implantado em Curvelo/MG os
primeiros experimentos nos quais os seis clones foram avaliados em dois
espaçamentos dentro da linha, 1,5m ou 3,0m, com o espaçamento entre linhas
sempre de 3,0m. Cada clone foi avaliado exercendo e sofrendo competição. O
esquema adotado em cada experimento foi semelhante a um sistema de nove
covas, sendo a central o clone sob competição e as oito restantes o mesmo clone
exercendo competição. Cada clone sofrendo competição foi repetido oito vezes.
Desse modo, em cada espaçamento foram conduzidos seis experimentos
contíguos. Novamente no município de Curvelo/MG e, também, em
Felixlândia/MG, foram implantados outros experimentos, com os mesmos
clones e dois espaçamentos, em março de 2008, utilizando esquema semelhante
ao anterior. Em todos os experimentos anotou-se, aos 12 meses após o plantio, a
circunferência à altura do peito e altura das plantas situadas no centro das nove
covas. Nos experimentos de Curvelo, implantados em agosto de 2007, os
mesmos dados foram obtidos aos 18 meses. Com os dados médios, utilizando
modelo semelhante ao dos cruzamentos dialélicos, foram estimados os
parâmetros associados à competição: capacidade geral de exercer competição
(ci), capacidade de tolerar competição (tj), capacidade específica de competição
(sij) e o desempenho per se do clone (aj). O desempenho médio dos clones em
autocompetição foi semelhante à da alocompetição, não trazendo, a princípio,
prejuízo para a produtividade de madeira. Os clones diferiram na capacidade de
exercerem competição (ci), em tolerarem a competição (tj) e no desempenho per
se (aj). Nenhum clone apresentou ci e tj positivo e alto. O clone B apresentou
estimativas sempre positivas de aj e ci, sendo um dos candidatos a ser empregado
em mistura.
The objective of this study was to compare self and non-self-competition
among Eucalyptus clones and to estimate parameters related to the ability of
competing or tolerating competition at the plant level. To do that, six
commercial clones that belong to the forestry company PLANTAR S/A were
used. In August 2007, the first experiments in which the six clones were
evaluated in two spacings within the row, 1.5 m or 3.0 m, with row spacing of
3.0 m were implemented in Curvelo / MG. Each clone was evaluated either
exerting or suffering competition. The adopted system for each experiment was
similar to a nine-hole model. The central hole had the clone suffering
competition, whereas the other eight had the same clone exerting competition.
Each clone suffering competition was replicated eight times. Thus, six
contiguous experiments were done for each spacing. Again in Curvelo / MG and
also in Felixlândia / MG other experiments with the same clones and two
spacings, using a layout that was similar to the previous one, were deployed in
March 2008. Twelve months after planting, the circumference at breast height
and height of the plants located in the center of the nine holes was noted in all
the experiments. In the experiments deployed in Curvelo, in August 2007, the
same data were obtained at eighteen months. The following competition-related
parameters were estimated with the mean data, using a model similar to the
dialel: general competing ability (ci), competition tolerance (tj), specific
competing ability (sij) and performance per se of the clone (aj). The average
performance of clones in self-competition was similar to non-self-competition;
so, there was no wood productivity loss at first. The clones differed in their
competing ability (ci), competition tolerance (tj), and performance per se (aj). No
clone has shown positive and high ci and tj. Clone B showed always positive
estimates of aj and ci and it has potential to be used in combination.