Resumo:
Este trabalho trata de um diagnóstico socioeconômico e ambiental das propriedades rurais pertencentes ao município de Jerônimo Monteiro, localizado no Sul do estado do Espírito Santo. Sabendo-se que é necessário aliar desenvolvimento econômico com exploração sustentável das propriedades, o diagnóstico da estrutura organizacional da propriedade no que diz respeito ao zoneamento das culturas e, ou criação de animais, pode indicar intervenções nessas propriedades, visando a sua sustentabilidade. O município possui forte atividade agrícola e pecuária, sendo a atividade florestal de pouca representatividade, possuindo uma produção de madeira de 1.173 m3 para finalidades diversas. Este município contem aproximadamente 763 propriedades rurais, sendo que 3% do total foram amostradas, considerando-se as classes de tamanho das mesmas, pequena, média e grande. As propriedades amostradas foram visitadas para efetuar o levantamento da área, levando em consideração o uso do solo, vegetação, condição social e econômica da família, produção agroflorestal e práticas culturais. A coleta de dados sobre a estrutura organizacional, produção, verificação dos níveis de produtividade, e demais informações do ambiente das propriedades obteve-se em uma entrevista, in loco, sendo estes dados posteriormente tabulados resultando em gráficos e tabelas de forma qualitativa. Constatou-se que 70% dos entrevistados não concluíram o ensino fundamental, sendo o número médio de moradores por residência de três e idade predominante igual ou superior a 60 anos. Com relação aos moradores que trabalham na propriedade e grau de parentesco com os proprietários, os que efetivamente trabalham predominam o proprietário e mais alguém com grau de parentesco (esposa ou filho) com representatividade de 47,8 Constatou-se que os proprietários rurais não possuem conhecimento considerável para garantir uma produção sustentável, visto que não utilizam a terra de acordo com a sua aptidão, e apesar de mais da metade dos mesmo possuírem conhecimento sobre a legislação ambiental poucos possuem ARL averbada em cartório. As famílias em geral são pequenas, com até 5 moradores, predominando a idade de 60 anos ou mais, contudo parte dos filhos vem constituindo novas famílias nas propriedades.