Descendentes de clones de Eucalyptus autofecundados e cruzados foram
avaliados com o objetivo de verificar a possível perda de vigor nas fases de
germinação e crescimento inicial no viveiro e no campo. Também foi
identificada no campo a freqüência de plantas anormais com crescimento
reduzido, em altura e folhas enrugadas. Procurou-se algum caráter morfológico
ou molecular no viveiro que possibilitasse identificar o mais precocemente
possível as plantas anormais. Para isso, foram avaliados descendentes de dois
clones comerciais autofecundados (C01 e C02) e dois híbridos (C01 x C03 e
C02 x C03). O trabalho constou de duas fases de avaliação. A primeira,
conduzida em viveiro, cujo delineamento experimental foi inteiramente ao
acaso, constou de 4 tratamentos e 6 repetições, parcelas com 30 tubetes com
uma única semente. Na segunda, no campo, foi utilizado o delineamento em
blocos casualizados, com 4 tratamentos e 6 repetições, com 18 plantas por
parcela. Avaliaram-se percentagem de germinação, índice de velocidade de
emergência, sobrevivência e altura das plantas aos 35, 50, 65 e 80 dias no
viveiro e, no campo, a percentagem de sobrevivência aos 6 meses e a altura aos
2, 4 e 6 meses. Foi isolado o DNA de folhas que foram coletadas de plantas com
crescimento anormal e normal. Utilizando-se 639 primers de RAPD procurou-se
identificar marcas moleculares associadas às plantas de desenvolvimento
anormal. Concluiu-se que a germinação, a sobrevivência e o crescimento das
plantas provenientes de autofecundação foram semelhantes aos dos híbridos,
mostrando que, possivelmente, a perda de vigor não é expressiva para caracteres
das etapas iniciais do desenvolvimento do Eucalyptus. A ocorrência de plantas
anormais foi de 6,9% entre as plantas oriundas de autofecundação e 4,6% entre
as plantas híbridas. Não foi identificada nenhuma marca morfológica no viveiro
ou molecular, que possibilitasse o reconhecimento precoce das plantas com
anomalia. O caráter tem expressividade variável, o que dificulta o estudo da
segregação.
Inbred and outbred Eucalyptus clones were assessed aiming to check a
possible loss of vigor in the initial germination phases and growing in the
nursery and in the field. It was also verified in the field the frequency of
abnormal plants, with reduced growing and wrinkled leaves. A morphological or
molecular character was searched in the nursery, which would allow to identify
as early as possible, the abnormal plants. Offsprings from two commercial
clones were assessed as inbreds (C01 and C02) and as hybrids (C01 x C03 and
C02 x C03). The work consisted of two phases. The first one was conduced in
the nursery, in a completely random design, with 4 treatments and 6 replications,
in plots with 30 tubes with only one seed. The second one, in the field, used a
randomized complete block design, with 4 treatments and 6 replications, with 18
plants per plot. The percentage of germination, germination speed index,
survival and plant height were assessed at 35, 50, 65 and 80 days in the nursery.
In the field, the survival percentage at 6 months and plant height at 2, 4 and 6
months were evaluated. DNA from normal and abnormal plant leaves were
isolated. Molecular markers associated with plants with abnormal development
were searched using 639 RAPD primers. Germination, survival and plant growth
resulted from inbreds were similar to the hybrids, showing that possibly the loss
of vigor is not expressive for traits in the early developmental stage of
Eucalyptus. The occurrence of abnormal plants was 6.9 % between inbred plants
and 4.6% between hybrid plants. No morphological or molecular markers were
identified in the nursery, which would make possible the early recognition of
abnormal plants. The character has variable expressivity, which makes difficult
the segregation study.