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A fragmentação florestal é um dos maiores problemas enfrentados pelos biomas florestais brasileiros, principalmente a Mata atlântica, e uma das piores consequências advindas da fragmentação é o Efeito de Borda. O objetivo deste trabalho foi descrever a estrutura das bordas no fragmento, identificando a influência da mesma na riqueza e abundância na comunidade arbóreo-arbustiva. Esse estudo foi realizado em um fragmento de floresta estacional semidecidual montana localizado próximo a Usina Hidrelétrica Rosal (CEMIG S/A) conhecido como Mata do Rosal, inserido no Parque Natural Municipal de Guaçuí, ES. Foram instaladas nove parcelas de 25 x 10 m, sendo três para cada tipo de borda (Matriz de represa, pastagem abandonada e pastagem em uso), distanciadas 50 metros uma das outras, totalizando assim uma área amostral de 2250 m2. Foram incluídos na amostragem todos os indivíduos que apresentavam, no mínimo, 2,5 cm de diâmetro à altura de 1,30 m do solo (DAP). Foram identificadas 194 morfoespécies pertencentes à 58 famílias botânicas e 78 gêneros, representados por 805 indivíduos vivos, além de 69 mortos em pé. A área basal/ha obtida foi de 38,9 m2 e a altura e diâmetro médio de 9,1 m e 7,99 cm, respectivamente. As espécies que se destacaram considerando o VI (%) foram Mabea fistulifera (6,10%), IDT sp.1 (4,96%), Anadenathera peregrina (4,10%) e Siparuna guianensis (4,05%). O índice de diversidade de Shannon-Weaver foi de 4,4 nats/ind. e a equabilidade de Pielou igual a 0,83. As comparações de diversidade e estrutura das bordas revelaram que não há um padrão de diferenciação entre as distâncias da borda. Porém, a matriz de represa possui maior diversidade de espécies e a matriz de pastagem em uso é a mais degradada. |
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