Resumo:
Atualmente, com a crescente demanda por madeira e outros produtos florestais, se torna cada vez mais necessária a adoção de técnicas que permitam uma melhor avaliação qualitativa e quantitativa das florestas, destacando-se dentre estas o inventário florestal. A técnica mais empregada na realização de inventários florestais é a amostragem por parcelas com área fixa. Entretanto, este método apresenta maiores custos e tempo de execução quando comparado com metodologias alternativas, como é o caso da amostragem por pontos de Bitterlich. Este estudo teve como objetivo comparar os métodos de amostragem de área fixa e de Bitterlich com fatores de área basal (FAB) igual a 1 m2ha-1, 2 m2ha-1 e 4 m2ha-1, em plantio de Eucalyptus grandis. Para tanto, foram lançadas dez parcelas para ambos os métodos de amostragem, onde foram obtidas as medidas de diâmetro à altura do peito (DAP) e estimadas as variáveis altura total, por meio de relações hipsométricas, e volume das árvores individuais, por meio de cubagem rigorosa e equações volumétricas. A partir destes dados foram estimados o volume e a área basal por hectare, para posterior comparação pelo teste t de Student. Com o término deste estudo, foi possível indicar que a metodologia proposta por Bitterlich pode ser utilizada como uma alternativa para a realização de inventários florestais em plantios de Eucalyptus grandis. Não houve diferença estatisticamente significativa para a estimativa da área basal e volume por hectare entre os métodos de área fixa e de Bitterlich, independente do fator de área basal utilizado. Para atender a um limite de erro aceitável, o método de Bitterlich necessita de um maior número de parcelas, sendo este maior com o aumento no fator de área basal utilizado.