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No setor florestal, a aplicação dos conceitos de ergonomia se tornam ainda mais necessários, pois os problemas relacionados a posturas desconfortáveis são maximizados, principalmente nas operações de colheita, por serem atividades que, muitas vezes, necessitam de grande dispêndio de energia e força em posições prejudiciais. Este trabalho teve como objetivo avaliar os fatores que interferem e alteram os modelos biomecânicos adequados durante as etapas da colheita florestal, a fim de se encontrar as posturas padrões para cada operação florestal e correções ou ferramentas que auxiliem em melhoria das posições prejudiciais ao trabalhador. Também foi avaliada a carga física de trabalho a partir da frequência cardíaca dos operadores, estabelecendo-se o tempo necessário de repouso para cada função. A pesquisa foi realizada na Fazenda Santa Cruz da Serra, localizada no município de Divino de São Lourenço, sul do estado do Espírito Santo – região com predomínio de relevo declivoso – analisando cada etapa da colheita florestal em povoamentos de eucalipto. Foram analisadas as operações de derrubada com motosserra, traçamento, tombamento e empilhamento manual. Os resultados indicaram que as atividades de derrubada e empilhamento manual necessitam de correções e merecem atenção em curto prazo. Na operação de tombamento manual não há a necessidade de medidas corretivas com relação às posturas, sendo estas, consideradas satisfatórias. A operação de toragem necessita de medidas corretivas e deve ser mantida em constante verificação, fazendo-se revisões rotineiras dos métodos de trabalho, evitando-se assim, futuros danos à saúde do trabalhador. Todas as operações analisadas foram definidas como pesada, ou seja, apresentaram frequência cardíaca média entre 125 e 150 bpm, necessitando de repouso. O tempo de repouso para o abate e toragem foi de 17 minutos por hora, enquanto o tombamento e empilhamento manual precisaram de 12 e 13 minutos por hora respectivamente. |
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