Este trabalho teve por objetivo relatar a ocorrência e realizar estudos sobre a sinecologia de Glycaspis brimblecombei (Moore, 1964) e inimigos naturais em povoamentos florestais de Eucalyptus spp. na Fazenda Jardim, localizada no município de Cuiabá-MT. No estado de Mato Grosso, Glycaspis brimblecombei foi constatado pela primeira vez no ano de 2006 no híbrido “Urograndis” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis) em Primavera do Leste, e atualmente encontra-se disseminada em Santa Rita do Trivelato, Cuiabá, Várzea Grande, Dom Aquino, Jaciara e Itiquira. Na Fazenda Jardim, no período de 11 de Junho de 2008 a 19 de Julho de 2009, realizaram-se coletas do Glycaspis brimblecombei e de seus inimigos naturais através de armadilhas adesivas de cor amarela e coletas de folhas e ramos das plantas nas alturas de 2m e 4m em cinco talhões, reflorestados com a espécie Eucalyptus camaldulensis e os clones “GG100” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis), “MG1277” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus camaldulensis) e os híbridos “Urocan” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus camaldulensis) e “Urograndis” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus grandis) . Foram determinadas a flutuação populacional da espécie praga e dos seus inimigos naturais, correlacionando-se com a temperatura máxima, mínima, média, umidade relativa e com a precipitação. Também foi realizado o teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade, para verificar a maior ocorrência do psilídeo nas espécies de eucaliptos estudadas, nas localizações do ataque nos talhões, nas quantidades de indivíduos nas alturas de 2m e 4m. A distribuição espacial da praga e de seus inimigos naturais foi calculado pelo Índice de Morisita. A flutuação populacional da espécie Glycaspis brimblecombei apresentou maior ocorrência de indivíduos no período da seca com correlação diretamente proporcional a temperatura máxima e inversamente proporcional à umidade relativa, apresentando maiores números de indivíduos nos meses de agosto e setembro de 2008. O parasitóide Psyllaephagus bliteus e os predadores encontrados não apresentaram correlação com as variáveis meteorológicas. Nas alturas de 2m e 4m não apresentaram diferenças significativas na ocorrência do psilídeo e não houveram diferenças estatísticas significativas quanto às localizações das armadilhas adesivas dispostas nos talhões durante os 14 meses de estudo. Durante o período de maior ocorrência de indivíduos as espécies Eucalyptus camaldulensis e o clone MG1277 (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus camaldulensis) foram às espécies que tiveram as maiores quantidades de indivíduos do psilídeo e o Clone GG100 com a menor quantidade de indivíduos. A população de Glycaspis brimblecombei apresentou distribuição agregada independente da espécie de Eucalyptus spp.. As populações de Psyllaephagus bliteus e dos predadores apresentaram dispersão agregada em todas as espécies de Eucalyptus spp. estudadas.
This study aimed to report the occurrence of Glycaspis brimblecombei (Moore, 1964) and their natural enemies in the state of Mato Grosso and studies on the synecology this pest and its natural enemies in forest stands of Eucalyptus spp. the farm garden, located in the city of Cuiabá- MT. In Mato Grosso, Glycaspis brimblecombei was for the first time in 2006 in hybrid “Urograndis” (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis) in Primavera do Leste, and currently is disseminated in Santa Rita do Trivelato, Cuiabá, Lowland Grande Dom Aquino, Jaciara and Itiquira. In the Jardim Farm, from June 11, 2008 to 19 July 2009, samples were collected from Glycaspis brimblecombei and their natural enemies by means of sticky traps yellow and collections of leaves and stems of plants at the heights of 2m 4m and five blocks, reforested with Eucalyptus camaldulensis and clones "GG100" (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis), "MG1277” (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) and the hybrid “Urocan” (Eucalyptus urophylla X Eucalyptus camaldulensis) and "Urograndis (E.urophylla X Eucalyptus grandis). We determined the population dynamics of pest species and their natural enemies, correlating with the maximum temperature, minimum, average, relative humidity and precipitation. It was also performed to test the Scott- Knott at 5% probability to see a higher incidence of psyllid in Eucalyptus species studied, the locations of the attack in the stands, the numbers of individuals at the heights of 2m and 4m.The spatial distribution of pests and their natural enemies was calculated by Morisita Index. The population fluctuation of the species Glycaspis brimblecombei had a higher occurrence of individuals in the dry season directly proportional correlation with the maximum temperature and inversely proportional to relative humidity, with greater numbers of individuals in August and September 2008. The Psyllaephagus bliteus parasitoids and predators found no correlation with the meteorological variables. On the heights of 2m and 4m no significant differences in the occurrence of psyllid and there were no statistically significant differences at the locations of the sticky traps placed in plots during the 14-month study. During the period of highest occurrence of individual species Eucalyptus camaldulensis and clone MG1277 (Eucalyptus urophylla x Eucalyptus camaldulensis) were the species that had the highest amount of individuals of psyllids and Clone GG100 with the least amount of individuals. The population of Glycaspis brimblecombei presented aggregated distribution independent of species of Eucalyptus spp. The populations of Psyllaephagus bliteus and predators showed a spread aggregate in all species of Eucalyptus spp. Studied.