Este trabalho teve por objetivo principal estudar a viabilidade técnica de utilização dos taninos
da casca de Pinus caribaea var. bahamensis e de suas misturas com taninos de acácia negra
para produção de adesivo tanino-formaldeído, como fonte alternativa às resinas sintéticas. As
cascas de Pinus caribaea var. bahamensis foram coletadas de cinco árvores em povoamentos
da Empresa Duratex, em Agudos - SP. Os taninos de acácia negra foram fornecidos pela
Empresa TANAC, de Montenegro – RS. As cascas foram fragmentadas em moinho de
martelo, peneiradas, sendo extraídas sob refluxo, por 2 horas, utilizando-se relação casca:licor
de 1:15, em nove diferentes tratamentos. Para cada tratamento foram realizadas cinco
repetições, procedendo-se as seguintes análises: teores de extrativos; teores de polifenóis nos
extratos (número de Stiasny - NS), reatividade dos extratos pelo método Ultra- Violeta, teor
de taninos e não-taninos e valor pH. A melhor forma de extração foi utilizada para obtenção
de grandes quantidades de extratos, que foram utilizados na confecção de adesivos tânicos e
nas misturas com adesivo UF e com taninos de acácia negra bem como na confecção de
painéis aglomerados. A adição de sulfito de sódio proporcionou maior extração de tanino,
sendo recomendável a extração com adição de 5 % de sulfito de sódio. Os resultados
mostraram que tanto os taninos de acácia, quanto os da casca de Pinus caribaea var.
bahamensis apresentam boas propriedades de colagem. É possível a adição de solução tânica
de pinus à solução tânica de acácia e também substituir parte do adesivo UF pelo tanino de
acácia em até 25 % sem comprometer a qualidade da colagem. A substituição de 10 % de UF
por extrato tânico, tanto de pinus quanto de acácia, não alterou os valores de IE dos painéis. É
possível obter boas propriedades mecânicas com adesivos UF modificados com extratos
tânicos na proporção de 10 %. Os altos valores encontrados para LI dos painéis fabricados
com extratos tânicos evidenciaram o potencial desses extratos tânicos para colagem de
materiais de madeira.
This work was aimed at studying the feasibility of using tannins of the bark of Pinus caribaea
var. bahamensis and their mixtures with tannins of acacia to produce tannin-formaldehyde
adhesive, as alternative source to synthetic resins. The barks of Pinus caribaea var.
bahamensis were collected from five trees in stands Duratex Company in Agudos – SP. The
tannins of acacia were supplied by TANAC Company from Montenegro – RS. The barks
were fragmented in hammer mill, sieved and extracted under reflux for 2 hours, using about
bark:liquor of 1:15, in nine different treatments. For each treatment five replicates were
performed, by proceeding to the following analysis: content of extract, the polyphenols in the
extracts ( Stiasny number-NS), reactivity of the extracts by the method Ultra – Violet, tannin
content and non tannins and value pH. The best extraction was used to obtain large quantities
of extracts, which were used in the manufacture of adhesives and mixtures with UF adhesive
and tannins of acacia and the manufacture of particleboard. The addition of sodium sulfite
gave higher extraction of tannin, which is to be extracted with the addition of 5% sodium
sulfite. The results showed that both the acacia tannin, as the bark of Pinus caribaea var.
bahamensis have good bonding properties. It is possible to add pine tannin solution to the
solution of acacia and to replace part of the UF adhesive acacia tannin up to 25% without
compromising the quality of the glue. Replacing 10% of UF by tannic extract, both pine and
acacia, did not alter the values of IE of the panels. It is possible to obtain good mechanical
properties with UF adhesives modified with tannin extracts at a ratio of 10%. The high values
found for the LI panels containing tannin extracts showed the potential of these extracts
tannin for bonding wood materials.