Ambientes sob clima árido e semiárido podem apresentar solos com elevados teores de sais, que dificultam o desenvolvimento de plantas, sendo retirados do processo produtivo e se constituindo núcleos de degradação. Nestas condições, plantas glicófitas não conseguem vegetar pelos elevados teores de sais, que dificultam seu metabolismo, entretanto, para as plantas halófitas este é um ambiente propício, podendo representar um agente recuperador do solo, com a extração de sais na matéria vegetal produzida, pela técnica da fitorremediação. O trabalho foi desenvolvido em um CAMBISSOLO salino sódico do Perímetro Irrigado Cachoeira II, Serra Talhada (PE), com o objetivo de avaliar as alterações nas propriedades físicas e químicas do solo quando submetido ao cultivo com a halófita Atriplex nummularia Lindl, em comparação com a correção química com gesso; e o monitoramento do crescimento e produção da planta sob dois espaçamentos em manejo de poda a cada seis meses. Realizaram-se amostragens semestrais, com quatro coletas de solo (0, 6, 12 e 18 meses) e três cortes na planta a 50 cm da superfície do solo (6, 12 e 18 meses), mensurando-se o material produzido a cada poda. O delineamento experimental utilizado foi blocos ao acaso, onde foram avaliados quatro tratamentos: o controle (sem nenhum manejo do solo), o de correção química com gesso (sem cultivo) e dois com cultivo de Atriplex nummularia Lindl, (espaçamentos 1 x 1 m e 2 x 2 m), com quatro repetições. Os resultados das análises químicas e físicas do solo revelaram a contribuição da aplicação de gesso e especialmente do cultivo de plantas de atriplex na redução dos problemas de salinidade-sodicidade e na melhoria nas propriedades físicas do solo. As análises biométricas e do tecido vegetal das plantas, evidenciaram o potencial fitorremediador da Atriplex nummularia Lindl, com destaque para as plantas no espaçamento 1 x 1 m, que se apresentou como a melhor recomendação de cultivo com podas frequentes, em função do maior rendimento na produção da matéria vegetal e da extração de sais por área plantada.
Arid and semi-arid environments may present salty soils, which hamper plant growth, being removed from productive process constituting degradation cores. Under these conditions, glycophyte plants can’t growth because high levels of salts hinder their metabolism, however, for halophytes this is favorable environment and these plants may represent a key to soil reclamation, extracting salts in the vegetable material produced by phytoremediation technique. The study was conducted in a saline sodic INCEPTISOL from the Cachoeira II Irrigation Perimeter, Serra Talhada (PE), with the objective of evaluating changes in soil physical and chemical properties when under cultivation with the halophyte Atriplex nummularia Lindl, compared with chemical correction with gypsum, and plant growth and production monitoring under two spacing in the pruning management every six months. Samples were taken every six months, with four soil samples (0, 6, 12 and 18 months) and three cuts in the plant 50 cm from the ground surface (6, 12 and 18 months) measuring the material produced at each pruning.The experimental design was randomized blocks, four treatments were evaluated: control (no soil management), chemical correction with gypsum (no crop) and two Atriplex nummularia cultivation, one at 1 x 1 m spacing and other at 2 x 2 m spacing, with four replications. The results of soil chemical and physical analysis revealed the contribution of gypsum application and especially the cultivation of atriplex plants in reducing the problems of salinity-sodicity and improving soil physical properties. The biometric analysis and plant tissue showed the Atriplex nummularia potential for phytoremediation, with emphasis on the 1 x 1 m spacing which presented as the best recommendation of cultivation with frequent pruning due to higher plant material yield and extraction of salt per planted area.