Os contrastes entre o currículo oficial da Engenharia Florestal com as necessidades reais dos espaços e das populações das florestas é discutível. Isto confere uma defasagem sobre a responsabilidade ecológica e social. A limitada formação humanística dos profissionais voltada para desenvolver ações que atendam aos modos de vida de populações das florestas afasta ou dificulta o diálogo com as realidades locais. Este trabalho pretende focar este campo de insuficiências no contexto da formação profissional, atendo-se às experiências educativas fora do currículo oficial, desenvolvidas pelo Grupo de Estudos da Amazônia da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (GEA/UFRRJ). O estudo descreve duas experiências do GEA, a primeira envolvendo a vivência de estudantes da área de Ciências Agrárias em casas de agricultores familiares no estado do Pará; a segunda se deu com a vinda de representantes dessas famílias à Universidade, para receberem cursos de extensão e ao posterior retorno dos estudantes ao Pará, denominada intervivência. Conclui-se que: o GEA desenvolveu ações no campo de formação multidimensional que ajudam os estudantes das Ciências agrárias a dialogar com as complexidades do bioma e das populações Amazônicas; propostas como as do GEA mostram-se plenamente aptas a auxiliar no cumprimento das diretrizes curriculares nacionais do curso de graduação em Engenharia Florestal.
The contrasts between the official curriculum of Forestry with the real needs of the people and places of forests is debatable. This gives a lag on the social and ecological responsibility. The limited humanistic education of professionals dedicated to develop actions that meet the livelihoods of forest peoples away or difficult to dialogue with local realities. This work aims to address shortcomings in this field in the context of vocational training, sticking to the educational experiences outside the official curriculum, developed by the Study Group of the Amazon (GEA). The study describes two experiments UFRRJ of the GEA, the first involving the experience of students in the area of Agricultural Sciences in the homes of family farmers in the state of Pará, the representatives of these families coming to the University, to receive extension courses and the subsequent return students at Para, called inter-experience. We conclude that: GEA actions developed in the field of multidimensional training that help students of Agricultural sciences to engage the complexities of the Amazonian biome and populations; proposals show how the GEA is fully able to assist in meeting the national curriculum guidelines the undergraduate degree in Forestry.