O objetivo desta pesquisa foi realizar a modelagem do crescimento e da produção para povoamentos de Eucalyptus sp., considerando áreas estratificadas por classes de precipitação pluviométrica. Os dados provem de plantios clonais de Eucalyptus grandis e Eucalyptus urophylla, obtidos de uma rede de parcelas permanentes de um inventário florestal contínuo, com idades variando de 15 a 84 meses, localizados na região Nordeste do Estado da Bahia. Foram ajustados modelos hipsométricos e volumétricos, sendo estes últimos ajustados da maneira tradicional e também por classe de diâmetro, aplicando-se o teste F (Graybill, 1976) para detectar possíveis diferenças estatísticas entre as estimativas obtidas por estas duas alternativas. Foram testados modelos para estimar altura dominante em função da idade, utilizando-se os dados sem estratificação (tradicional) e estratificados por classes de precipitação. Para analisar a possibilidade de diferenças estatísticas entre as estimativas de altura dominante em cada uma destas classes, foi empregado o teste de Dette e Neumeyer (2001). Para o processo de modelagem do crescimento e da produção, empregou-se o modelo de Clutter (1963). A área basal inicial foi baseada na média aritmética em cada sítio especificado, nas duas alternativas empregadas. Para averiguar possíveis diferenças estatísticas das estimativas de produção do ajuste sem e com estratificação por classe de precipitação, em relação aos respectivos valores observados, foram selecionadas 120 parcelas e aplicado o teste F (Graybill, 1976). Os resultados demonstraram que não ocorreram diferenças estatísticas entre as estimativas de volume individual obtidas da maneira tradicional e por classe de diâmetro com os respectivos valores observados. A partir do teste de Dette e Neumeyer (2001), as classes de precipitação foram validadas, indicando haver diferença estatística entre as estimativas de altura dominante. Em termos de projeção da produção, não ocorreram diferenças estatísticas entre as duas alternativas em relação aos valores observados, com leve superioridade dos dados sem estratificação por classes de precipitação.
The objective of this study was to perform the modeling of growth and yield for Eucalyptus sp. stand, considering areas stratified by pluviometric precipitation classes. The data used were obtained from Eucalyptus grandis and Eucalyptus urophylla clonal plantations from permanent plots of a continuous forest inventory, with ages from 15 to 84 months, located in the northeastern of Bahia State, Brazil. Initially, it was fitted hypsometric and volumetric models, where the latter one fitted by the traditional way and also stratified by diameter classes, and subject to the F test (Graybill, 1976) to detect possible statistical differences between the estimates. Then, models were tested to estimate dominant height as a function of age, using the data without stratification (traditional) and stratified by precipitation classes. To examine the possibility of statistical differences between the estimates of dominant height in each class, it was used the Dette and Neumeyer (2001) test. For the growth and yield modeling process, it was used the Clutter (1963) model. Then, the initial basal area was based on its arithmetic mean at each site specified, both for the adjustment without stratification (traditional method) and for the stratified area by precipitation. In order to investigate possible statistical differences of the estimates of yield between stratified and non stratified data with their respective observed values, 120 plots were selected and subject to the F test (Graybill, 1976). The results showed that there were no statistical differences between the individual volume estimates by the traditional method and stratified by diameter classes with their respective observed values. The Dette and Neumeyer (2001) test showed statistical difference between the estimates of dominant height in the different classes of precipitation. However, in terms of projection of yield, there were no statistical differences between the two studied alternatives, where both provided estimates close to the observed values, with slight superiority of the non stratified data by precipitation classes.