A diminuição de habitats tem como consequência a perda de biodiversidade,
a mata Atlântica é o Bioma que comporta maior biodiversidade no mundo e devido à
ocupação e exploração desordenada ocupa a posição de ecossistema mais
ameaçado do planeta, perdendo assim, processos ecológicos, evolutivos,
diversidade genética, populações e espécies. Devido a este cenário, a reparação
dos danos ambientais gerados tornou-se algo urgente, gerando um campo chamado
Ecologia da restauração. Os plantios florestais realizados para restauração das
áreas utilizam somente espécies arbóreas, pois se espera que assim seja formada
uma estrutura que catalise a sucessão secundária. Porém diversos estudos revelam
que mesmo após anos de plantio outras formas de vida não voltam a regenerar com
facilidade. O presente trabalho teve como objetivo geral avaliar o comportamento
das espécies arbustivas em sua germinação e na recolonização de ambientes em
recuperação com diferentes idades, visando auxiliar a utilização de espécies
arbustivas em projetos de restauração florestal. Foram utilizadas sementes de 15
espécies arbustivas para avaliação da porcentagem de germinação, velocidade de
germinação e Índice de velocidade de germinação, sendo que com Conchocarpus
pentandrus (A. St.-Hil.) Kallunki & Pirani foi realizado também teste de
armazenamento. Cinco das 15 espécies utilizadas obtiveram boa porcentagem de
germinação sem nenhum tratamento prévio de quebra de dormência e
Conchocarpus pentandrus obteve melhor taxa de porcentagem de germinação
quando armazenado em embalagem permeável por até 3 meses. Para a
regeneração natural foram feitas 6 parcelas de 6x8m em áreas com idades de
plantio de 4, 7, 12, 15 e 20 anos e mais 6 parcelas em áreas nativas de referência.
As áreas estão aumentando sua riqueza e diversidade com o passar do tempo,
porém ainda estão longe dos valores atingidos pelas áreas de referência. Poucas
arbustivas foram encontradas se regenerando, sendo a maioria arbustos de
pequeno porte.
Habitat conversion leads to losses in biodiversity. The Atlantic Forest is that
biome that hosts the greatest biodiversity in the world and, due to its unplanned
occupation and exploitation, it became the most threatened ecosystem in the planet.
It has been losing ecological and evolutionary processes, genetic diversity,
ecosystems, populations and species. Because of this scenario, reparation of
environmental damage has become vital, which brings up the need for the field of
ecological restoration. Forest plantations aiming ecological restoration mostly use
only tree species, hoping to achieve a structure that may catalyze secondary
succession. However, several studies reveal that even after some years other life
forms do not start regenerating easily, mainly in the state of São Paulo where
remnant forests are very fragmented. This study aimed to evaluate the behavior of
shrub species during germination and recolonization of recovering environments of
different ages in order to help better use shrub species in restoration projects. Seeds
of 15 shrub species were used to evaluate germination percentage, germination
velocity and germination velocity index. Storage test was also performed only for
Conchocarpus pentandrus (A. St.-Hil.) Kallunki & Pirani. Five out of 15 species used
showed good germination percentage with no previous treatment to overcome
dormancy. Conchocarpus pentandrus showed better germination percentage rate
when stored in permeable containers for up to 3 months. For natural regeneration,
six plots measuring 6x8m were established in plantations of different ages (4, 7, 12,
15 and 20 year-old. Areas are increasing in richness and diversity along the years,
but are still far from values of reference sites. A few shrubs were found regenerating
and most of them are small shrubs.