Até a década de 80, os resíduos florestais eram vistos apenas como empecilho para as
operações de reforma das plantações de eucalipto. Este fato motivou a queima e a
incorporação desses resíduos. Tinham-se também o conceito de que o eucalipto necessitava de
um preparo de solo intensivo para atingir boas produtividades. Atualmente esses conceitos
não existem mais, e todas as áreas florestais são estabelecidas sob o sistema de cultivo
mínimo do solo, porém pressões quanto à utilização desses resíduos vêm surgindo. Com as
restrições da compra de terras e as elevações dos preços dos combustíveis fósseis, esses
resíduos estão sendo vistos como fonte alternativa de energia nas indústrias. Apesar de ser
uma fonte de energia renovável, os benefícios da manutenção desses resíduos no campo não
podem ser esquecidos. Este estudo mostra que áreas manejadas sob o sistema de cultivo
mínimo, apresentam a mesma produção de madeira que áreas manejadas sob sistema de
cultivo intensivo. A principal vantagem da manutenção dos resíduos florestais sobre o solo,
que resulta em ganhos de produtividade em curto prazo, é a redução na exportação de
nutrientes. Por esse motivo, quando esses resíduos são removidos, maiores investimentos com
fertilização devem ser efetuados. Para considerar esses aspectos, foi efetuado também um
balanço financeiro da remoção desses resíduos. Quando se considera apenas o custo da
reposição nutricional, em muitos casos, torna-se viável a remoção desses resíduos, porém
outros benefícios da manutenção dos resíduos florestais não devem ser esquecidos. A
proteção do solo contra erosão, a redução da evaporação da água na superfície do solo, o
aumento do conteúdo e da qualidade da matéria orgânica do solo são benefícios da
manutenção dos resíduos que não resultam em ganhos de produtividade em curto prazo e são
de difícil valoração financeira, mas são extremamente importantes. Foi observado que a
remoção dos resíduos florestais reduz em 50% o carbono orgânico oxidável da camada
superficial do solo, e que 75% dessa redução ocorrem nas frações mais lábeis. Este estudo
objetivou também entender a dinâmica e os fatores que interferem na decomposição dos
resíduos florestais. Foi observado que nos tratamentos que foram mantidas sobre o solo
apenas a serapilheira, a omissão de N e P na formação do povoamento de eucalipto, não
influenciou a velocidade de decomposição desses resíduos, pois não foi observado mudanças
nas características químicas desses. A ausência de calagem reduziu a taxa de decomposição
inicial dos resíduos florestais. A taxa média de decomposição dos resíduos florestais foi de
0,8. Não foram observadas grandes alterações na disponibilidade de nutrientes do solo em
função da decomposição dos resíduos florestais, pois logo que os nutrientes são
disponibilizados, esses são rapidamente absorvidos pelas árvores, não modificando a
fertilidade do solo.
Until the yers 80 forest residues were only seen as an impediment to reform
operations of eucalyptus plantations. This fact led to the burning and incorporation of these
residues. They had also the concept that eucalyptus needed an intensive soil preparation to
achieve good yields. Currently these concepts no longer exist, and all forest areas are
established under minimum tillage system of soil, but pressures on the use of these wastes are
emerging. With the restrictions on land purchases and increases in the prices of fossil fuels,
these wastes are being seen as an alternative source of energy in industries. Despite being a
renewable energy source, the benefits of maintaining these residues in the field can not be
forgotten. This study shows that areas managed under minimum tillage system, have the same
timber production that managed areas under intensive cultivation system. The main advantage
of the maintenance of forest residues on the soil, resulting in productivity gains in the short
term is the reduction in the export of nutrients. Therefore, when these residues are removed,
greater investment should be made with fertilization. To consider these aspects was also made
a financial removing these residues. When considering only the cost of nutritional
replacement, in many cases it is feasible to remove these residues, but other benefits of
maintaining forest residues should not be forgotten. The protection of soil against erosion,
reduction of evaporation of water on the road surface, increasing the content and quality of
soil organic matter, the maintenance benefits are residues which do not result in gains in
productivity are short and valuation difficult, however are extremely important. It has been
observed that removal of forest residues reduces by 50% the oxidizable organic carbon from
the surface layer of the soil, and that 75% of the reduction occurs in the more labile. This
study also sought to understand the dynamics and the factors that influence the decomposition
of forest residues. It was observed that the omission of N and P in the formation of a stand of
eucalyptus did not influence the rate of decomposition of the waste, which was kept on the
ground only litter because it was not observed changes in the chemical characteristics of this.
The absence of liming reduced the initial rate of decomposition of forest residues. The
average rate of decomposition of forest residues was 0.8. There were no major changes in the
availability of soil nutrients due to the decomposition of forest residues as soon as nutrients
are available, these are quickly absorbed by the trees, not modifying soil fertility.