Este trabalho foi realizado na bacia do Rio Iguaçu, que está localizada na Região Sul do Brasil, no Estado do Paraná. A área de estudo está inserida dentro do Bioma Mata Atlântica, este que é considerado o mais ameaçado do Brasil e é também o mais importante do ponto de vista hidrográfico, por abrigar sete bacias hidrográficas do Brasil, além de ser a mais rica do mundo em espécies de fauna e flora. O objetivo principal deste trabalho foi avaliar a dinâmica na cobertura florestal e dos estoques de carbono na Bacia do Rio Iguaçu, entre os anos de 2000 e 2010. O mapeamento da cobertura foi realizado por meio de imagens de satélite Landsat 5, sensor TM, com resolução espacial de 30 m, tendo como ano base os anos de 2000 e 2010. Aplicou-se o processo da segmentação, com o objetivo de dividir a imagem em grupos de pixels ou objetos de acordo com grau de homogeneidade. Após este processo, as classes de vegetação (secundária inicial, médio a avançado e reflorestamento) foram interpretadas visualmente para toda a bacia do Rio Iguaçu. A acurácia obtida para o mapeamento foi de 0,85 para o índice da exatidão global e de 0,75 para o índice de Kappa. Os fragmentos florestais da bacia do Rio Iguaçu foram divididos em classes, conforme o tamanho, tendo sua área quantificada. Foi analisado o índice de circularidade dos fragmentos florestais conforme a relação área/perímetro. A quantificação dos estoques de carbono na vegetação da Bacia do Rio Iguaçu e nas suas Áreas de Preservação Permanente foi feita pelo método indireto a partir de equações da literatura. O mapeamento, considerando as áreas maiores que 1,00 ha, apontou um aumento de 22,93% na cobertura florestal na Bacia do Rio Iguaçu do ano de 2000 para o ano de 2010. Nos 10 anos de estudo observou-se um aumento na estocagem de carbono pela vegetação da ordem de 207.385.808 t.ha-1. Foram também analisadas as fragilidades ambientais potencial e emergente da bacia do rio Iguaçu. A análise indicou que, em sua maior parte (49,69%), a área encontra-se na classe de fragilidade potencialmente alta e fragilidade emergente média.
This research was performed in the Iguaçu river Basin, which is located in Parana state, southern in Brazil. The study area is located within the Atlantic forest biome, which is considered to be the most endangered one in Brazil, and also the most important one in terms of water supply because it comprises seven hydrography basins as well as because of its rich fauna and flora diversity. The main goal of this research was to evaluate the dynamics in forest cover and carbon stocks in the Iguaçu river Basin, during years 2000 and 2010. The mapping was conducted through the Sensor TM of the Landsat 5 satellite imagery of 2000 to 2010, with spatial resolution of 30 meters. It was applied a segmentation process aiming to have the images divided into pixels or groups of objects according to a certain degree of homogeneity. After this process, a visual interpretation of the vegetation was carried out, separating them into initial secondary forest vegetation, medium and advanced forest types and reforestation. The accuracy calculated from the mapping was 0.85, based on the global overall accuracy index, and 0.75, based on the Kappa index. The forest fragments of the River Iguaçu Basin were also divided into size classes. It was analyzed the roundness index of the forest fragments by means of the area/perimeter ratio. The indirect method was used for quantifying carbon stocks in the Iguaçu river Basin by using equations taken from the literature. The mapping results, for fragments over 1ha, showed an increase of 22.93% in the forest cover during 2000 and 2010. This corresponds to an increase of 207,385,808 ton. ha-1 of carbon. The Iguaçu River Basin lies mostly (49.69%) in the high potential fragility class and in the intermediate emergent fragility class.