Resumo:
O Brasil foi o primeiro país a assinar a Convenção sobre Mudança do Clima na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, em 1992, ratificada pelo Congresso Nacional em 1994. A elaboração de duas comunicações do Brasil à Convenção, em 2004 e 2010, marca o seu compromisso em ser propositivo e inovador para se ajustar aos padrões de desenvolvimento sustentável do século XXI, embora ainda resolvendo pendências socioeconômicas e ambientais do século XX. Em 2009, o governo federal apresentou, durante a 15ª Conferência das Partes (COP 15), um compromisso voluntário de redução ou de limitação das suas emissões antrópicas de gases de efeito estufa (GEEs). A Amazônia é vital na regulação do clima global, como detentora da maior bacia hidrográfica e de parte importante da biodiversidade do planeta. A região tem ocupado lugar de destaque nas discussões relacionadas aos cenários de mudanças climáticas como importante fonte de emissões de GEEs, devido ao desmatamento e queima para o desenvolvimento de atividades agropecuárias. Porém, destaca-se por seu potencial para atuar como sumidouro dos GEEs por meio da regeneração de ecossistemas nativos ou da inovação tecnológica, com a conversão dos sistemas agropecuários tradicionais em sistemas de produção intensivos e integrados. Esses sistemas conciliam aumento da produtividade agronômica, maior rentabilidade, aumento dos estoques de carbono, menor emissão de gases de efeito estufa por unidade de produto, maior biodiversidade e resiliência ambiental. Iniciativas estaduais e municipais na elaboração dos seus inventários de emissão antrópica de GEEs têm se ampliado. Esses inventários constituem importante ferramenta de planejamento das políticas governamentais, visando conciliar crescimento econômico, bem-estar social e conservação ambiental. Ao longo dos últimos 14 anos, o governo do Estado do Acre inovou ao estabelecer um novo paradigma de desenvolvimento, tendo o Zoneamento Ecológico-Econômico, a gestão territorial compartilhada com a sociedade e o uso sustentável dos recursos naturais como pilares centrais. O governo do Acre e a Embrapa disponibilizam à sociedade o Inventário de Emissões Antrópicas e Sumidouros de Gases de Efeito Estufa do Estado do Acre: ano-base 2010, como um novo marco nessa caminhada para o desenvolvimento sustentável do estado.
Descrição:
O conteúdo deste livro é apresentado em três capítulos: Capítulo 1 - Circunstâncias estaduais; Capítulo 2 - Inventário das emissões antrópicas e sumidouros de gases de efeito estufa do estado do Acre; Capítulo 3 - Descrição das providências previstas ou tomadas para a implementação da convenção - Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima no Acre.