Realizaram-se campanhas em árvores de cinco anos de idade de Pinus caribaea var.
hondurensis e Pinus taeda em parcelas controle (sem fertilização e sem irrigação) e parcelas
fertilizadas e irrigadas, durante o verão e o inverno de 2012 visando caracterizar as seguintes
variáveis fisiológicas: i) Capacidade máxima fotossintética (Amax); ii) Fotossíntese ao longo
do dia (A); iii) Variação da condutância estomática (gs) em relação ao aumento do déficit de
pressão de vapor (DPV); e iv) Taxas máximas de carboxilização (Vcmax) e de transporte de
elétrons (Jmax) via curvas A/Ci. O estudo foi realizado no projeto Produtividade Potencial do
Pinus no Brasil, localizado na Estação Experimental da ESALQ/USP em Itatinga-SP.Foram
escolhidas três árvores médias por parcela para as avaliações fisiológicas, realizadas com o
LiCor 6400XT. A mensuração da Amax foi realizada no terço médio da copa, em dois galhos
por árvore e em duas posições por galho, sendo realizada das 8 às 10 horas, e o
comportamento da A, gs com o aumento do DPV, ocorreram de hora em hora, das 11 às 15
horas. Ao final, as acículas foram coletadas para a determinação da área foliar específica
(AFE) e do nitrogênio foliar. As curvas A/Ci foram realizadas nas três árvores, um galho por
árvore e duas posições por galho, entre 8 e 12 horas. Aos cinco anos o Pinus caribaea var.
hondurensis apresenta o dobro do volume de madeira do que o Pinus taeda. As duas
avaliações fisiológicas mostraram valores similares entre tratamentos, para cada espécie. Os
valores de Amax foram maiores durante o verão e o Pinus caribaea var. hondurensis mostrou
grande sensibilidade, comparativamente ao Pinus taeda. Ao analisar os dados de A e gs ao
longo do dia, observa-se também maiores variações do Pinus caribaea var. honduresis. Os
valores médios de Amax para o verão e o inverno foram 8,2 e 4,8 μmol m-2 s-1 e 6,8 e 6,3
μmol m-2 s-1 para o Pinus caribaea var. hondurensis e o Pinus taeda, respectivamente.
Ocorreu redução dos valores de A e gs com o aumento do DPV, para ambas as campanhas em
relação ao Pinus caribaea var. hondurensis e somente no inverno para o Pinus taeda. As duas
espécies apresentaram relação positiva entre fotossíntese e transpiração, sendo que o Pinus
caribaea var. hondurensis apresenta maior eficiência no uso da água. As médias da AFE e
nitrogênio foliar foram de 9,6 m2kg-1, 10,1g Kg-1 e 10,0 m2kg-1, 13,4g Kg-1, para o Pinus
caribaea var. hondurensis e Pinus taeda, respectivamente. Em relação aos parâmetros
fotossintéticos o Pinus taeda se destacou em ambas as campanhas, com valores médios de
Vcmax e Jmax maiores que o Pinus caribaea var. hondurensis, relacionado à maiores
concentrações de nitrogênio foliar. Não houve relação entre o crescimento em biomassa das
árvores e as medições da fotossíntese a nível foliar, indicando que outros processos a nível de
copa, uso e alocação de fotossintetizados devem ser investigados para explicar a diferença de
crescimento.
The campaigns were conducted in trees with five years old of Pinus caribaea var.
hondurensis and Pinus taeda in control plots (no fertilization and no irrigation) and fertilized
and irrigated plots during summer and winter of 2012 to characterize the physiological
variables: i) maximum photosynthetic capacity (Amax), ii) Photosynthesis throughout the day
(A); iii) Changes in stomatal conductance (gs) in relation to the increase in vapor pressure
deficit (VPD), and iv) Maximum rates of carboxilization (Vcmax) and maximum rates of
electron transport (Jmax) based on A/Ci curves. The study was conducted in the project
Potential Productivity of Pinus in Brazil, located at the Experimental Station of ESALQ/USP
in Itatinga-SP. Three average trees per plot were chosen for physiological evaluations,
performed with the LiCor 6400XT. The Amax measurement was performed in the middle
third of the crown, in two branches per tree and two positions per branch, taken from 8 to
10am. To get the response of A and gs with increasing VPD, the measurements continued
every hour, from 11 am to 3 pm. At the end of the measurements, the needles were collected
for determination of specific leaf area (SLA) and leaf nitrogen (N). The A/Ci curves were
performed in three trees, one branch per tree and two positions per branch were taken from 8
am to 12 pm. At five years, the Pinus caribaea var. hondurensis showed two-fold the wood
volume of Pinus taeda. Both physiological measurements showed similar results between
treatments for each species. Amax values were higher during summer, and Pinus caribaea
var. hondurensis shower greater sensitivity compared to Pinus taeda. A and gs throughout the
day showed higher variation in Pinus caribaea var. hondurensis. The average values of Amax
for summer and winter were 8.2, 4.8 μmol m-2 s-1 and 6.75, 6.3 μmol m-2 s-1 for Pinus
caribaea var. hondurensis and Pinus taeda, respectively. There was a reduction of A and gs
with the increasing of DPV, for both campaigns for the Pinus caribaea var. hondurensis and
only in winter campaign for Pinus taeda. Thus, the two species have different behaviors in
response to climatic changes. The two species showed a positive relationship between
photosynthesis and transpiration, with Pinus caribaea var. hondurensis showing greater water
use efficiency. The average SLA and needle nitrogen were 9.6 m2 kg-1, 10.1g kg-1 and 10 m2
kg-1, 13.4g kg-1 for Pinus caribaea var. hondurensis and Pinus taeda, respectively.
Photosynthetic parameters in Pinus taeda was higher in both campaigns, with average values
of Vcmax and Jmax greater than in Pinus caribaea var. hondurensis, related to higher
concentration of needle nitrogen. There was no relationship between tree biomass growth and
leaf-level measurements of photosynthesis, indicating that other processes at crown level, use
and allocation of photosynthates should be investigated to explain the difference in growth.