A necessidade de expansão da eucaliptocultura em áreas com déficit hídrico, leva à
necessidade de entender os processos fisiológicos relacionados ao crescimento fundamentais
para possibilitar a alta produtividade das florestas nessas áreas. Este estudo teve como
objetivo avaliar o efeito da adubação potássica no crescimento, respostas ecofisiológicas e
nutricionais em clones de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla, para tal, instalou-se na
Estação Experimental de Ciências Florestais da ESALQ/USP em Itatinga-SP, em Latossolo
Vermelho-Amarelo distrófico um experimento em blocos ao acaso em arranjo fatorial 6 X 2
(seis clones e duas diferentes doses de adubação potássica) e parcelas retangulares de 25
plantas, nas quais as 9 centrais constituíram a parcela útil. A adubação de base foi uniforme
em todo experimento, e aos três e oito meses de idade adubou-se as parcelas sem omissão de
potássio com 50 e 78 Kg ha-1 de KCl respectivamente totalizando 140 kg ha-1 de potássio
aplicados ao longo do experimento. A avaliação da absorção dos macronutrientes foi feita aos
seis e quinze meses pós-plantio, em três indivíduos amostrados aleatoriamente de cada
parcela. As avaliações de crescimento foram realizadas trimestralmente em todos os
indivíduos da parcela, com início da medição da altura aos dois meses, área da copa aos
quatro meses e DAP aos doze meses pós-plantio. A avaliação da eficiência e uso de água foi
feita aos quinze meses com base na área foliar e nas características estomáticas dos clones, em
quatro blocos, dos quais três árvores foram amostradas aleatoriamente. O folhedo foi coletado
mensalmente em todas as parcelas, com início aos quinze meses de idade. Maiores
crescimentos em altura, DAP e área da copa, foram apresentados pelos clones 2 e 6
caracterizados por apresentarem resistência ao estresse hídrico, e pelos clones 1 e 4 de
moderada resistência. Sob omissão de potássio, os clones apresentam maiores densidades
estomáticas acompanhadas pela redução no diâmetro dos estômatos. Houve variação do
estado nutricional dos clones em função do material genético. A variação nas respostas dos
clones à adubação potássica teve início aos doze meses para as variáveis de crescimento. Sob
adubação potássica, os clones mostraram-se eficientes no uso da água, por apresentarem
estômatos maiores em densidades menores, o que proporcionou maior crescimento.
The need for expansion of eucalyptus plantations in areas with water deficit, leads to
the need to understand the physiological processes related to growth important to enable high
forests productivity in these areas. In order to evaluate the effect of potassium fertilization on
growth, nutritional and ecophysiological responses in Eucalyptus grandis x Eucalyptus
urophylla clones an experiment was settled at the Experimental Station of Forest Sciences
ESALQ/USP in Itatinga-SP in red-yellow latossols dystrophic, in a randomized block design
in a factorial 2 X 6 (six clones and two different potassium fertilization doses) and rectangular
plots of 25 plants, of which the 9 central plants were the useful plot. The basic fertilization
was uniform throughout the experiment, and at 3 and 8 months, the plots without omission of
potassium were fertilized with 50 and 78 kg ha-1 of KCl respectively, totalizing 140 kg ha-1
applied throughout the experiment. The macronutrients absorption evaluation was made at six
and fifteen months after planting, in three random plants in each plot. Quarterly, growth
evaluations were performed in all subjects, starting measuring heights at two months, crown
area at four months and DBH at twelve months after planting. At fifteen months in four
blocks, of which three trees were selected randomly, water use efficiency was evaluated,
based on clone ́s leaf characteristics and stomata. The litter was collected monthly in all plots,
starting at 15 months. Highest increases in height, DBH and crown area were presented by
clones 2 and 6 which are characterized by their resistance to water stress, and the clones 1 and
4 which are characterized by moderate resistance. Under potassium omission, the clones
showed higher stomata densities accompanied by stomata diameter reduction. There was
variation in the nutritional status of clones as a function of genetic material. The variation in
the clone ́s responses to potassium fertilization for the growth variables begin at twelve
months. The clones were efficient in water use, because they have larger stomata in lower
densities, which provided greater growth.