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Atualmente, o Brasil possui pouco menos de cinco milhões de hectares de florestas plantadas de eucalipto e Pinus , grande parte dos quais em Minas Gerais. Segundo dados atuais da Associação Mineira de Silvicultura – AMS, estima-se que esse Estado, que chegou a ter mais de dois milhões de hectares de reflorestamentos em décadas anteriores, possua, hoje, cerca de 1,5 milhão de hectares, principalmente de eucalipto. Seu consumo anual é de 120 mil hectares, quase o dobro do plantio de florestas em 2002/2003, que foi de 68 mil hectares. Representantes do setor brasileiro de florestas plantadas recentemente elaboraram um documento (Informativo Cepea - Setor Florestal - Análise econômica mensal sobre madeiras e celulose/papel . Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo – ESALQ/USP, Abril/2003), disponível na Internet, que partiu da constatação de que, apesar da importância do setor para o desenvolvimento econômico e social do Brasil e até para a preservação do meio ambiente, o seu porte é modesto se comparado a outros países com potencial muito inferior. O documento evidencia que a produção originada de plantações florestais, que engloba produtos como celulose e papel, produtos siderúrgicos, carvão vegetal, móveis e produtos sólidos de madeira, gera, a cada ano, um valor de US$ 16,1 bilhões (que representa 2,6% do PIB). O segmento de celulose e papel contribui com 57,1% (US$ 9,2 bilhões); o de móveis, com 15,5% (US$ 2,5 bilhões); o de siderurgia, com 14,3% (US$ 2,3 bilhões); e o de madeira sólida, com 13,1% ( US$ 2,1 bilhões). As exportações do setor totalizam US$ 3,35 bilhões em divisas. O segmento gera mais de quinhentos mil empregos diretos e dois milhões de indiretos. Entretanto, o setor ainda é pequeno, em nível mundial. No comércio internacional, o Canadá participou, em 2000, com 20,5%, os Estados Unidos, com 11,6%, a Finlândia, com 7,6%, e o Brasil, com somente 1,5% do mercado mundial. Segundo estimativas feitas pela Sociedade Brasileira de Silvicultura – SBS, o consumo de madeira no Brasil, para todos os usos, é de 350 milhões de m³, sendo que 28%, ou seja, 100 milhões de m³, advêm de plantações, enquanto que 250 milhões (72%) ainda provêm de florestas nativas. Para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, esse último valor é menor, da ordem de 56%. Segundo aquela entidade, estamos pagando hoje – e ainda pagaremos, nos próximos anos – pela imprevidência de acharmos que nossos recursos florestais eram inesgotáveis. |
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