Recentemente, o mercado se apropriou da questão ambiental na gestão de seus processos produtivos, tais como seleção e exploração de matérias-primas, redução de desperdício no consumo de energia e de materiais, produção e tratamento dos resíduos. Partindo-se da premissa de que o desenvolvimento só é sustentável se concilia sustentabilidade econômica, social e ambiental cabe perguntar se a apropriação da questão ambiental pelo mercado permite que aspectos sociais também se aprimorem. Das muitas faces que o capitalismo vem assumindo, uma delas é reconhecida como a responsabilidade social (ou socioambiental) corporativa (RSC). Essa prática vem sendo adotada por empresas que buscam aproximar seus objetivos de obtenção de lucro às demandas da sociedade, isto é, que as empresas se mostrem preocupadas com os problemas ambientais e sociais e estejam dispostas a resolvê-los. Pode esta prática trazer bem-estar para a sociedade? De que forma? Este trabalho pretende discutir como a prática de RSC, num país em desenvolvimento como o Brasil, pode relacionar-se com o Estado e a sociedade civil.
Recently, the market started to consider the environmental issue as part of its productive processes. It can bring advantages to society and environment but, considering that development itself does not mean necessarily sustainability, we may wonder if the environmental issue appropriation by the market allows social aspects to be improved. One of the faces that capitalism has been assuming is known as Corporate Social Responsibility (CSR). This new market strategy is being adopted by companies that are looking for conciliating their profits’ objectives with the contemporary society demands. Could this practice bring well-being to society? This work intends to argue how this CSR strategy could deal with interests of the State (Union) and the civil society in a developing country such as Brazil.