Resumo:
O Brasil pertence ao reduzido grupo de países produtores de bens de capital. Nossa indústria, incentivada durante as décadas de 60 e 70, passou por diversos
desafios. Não é difícil relacionar uma série de grandes empreendimentos que sofreram duros revezes nos últimos 20 ou 30 anos, especialmente no segmento de bens de capital sob encomenda. Atualmente o país possui um parque fabril de
bens de capital que atende ao setor de celulose e papel com tecnologia gerada pelas matrizes estrangeiras das empresas aqui instaladas, o que ocasiona algumas dificuldades para o pronto atendimento das necessidades locais. Vários aspectos podem ser considerados quando se fala da retração dos fabricantes brasileiros ao longo dos últimos anos: dimensionamento exagerado do mercado; empresariado e governo acostumados a esquemas com excesso de incentivos; e mercado interno inicialmente superprotegido e posteriormente exposto à abertura econômica que atingiu o setor empresarial despreparado para a concorrência global. O processo de consolidação mundial dos fornecedores de equipamentos, no qual a pesquisa e o desenvolvimento tecnológico são fatores-chave, foi fundamental para as pretensões da indústria brasileira. Raras e honrosas exceções não devem ser esquecidas, constituindo exemplos de sucesso a serem analisados.
Descrição:
O conteúdo é apresentado em: Introdução; Formação bruta de capital fixo; A Indústria de bens de capital; Tendências do mercado de equipamentos; Os produtores de bens de
capital para a indústria de celulose e papel; Compra de equipamentos na indústria de celulose e papel: etapas típicas; Os equipamentos e a indústria de celulose e papel; Tributação sobre os bens de capital; Financiamento do BNDES/FINAME; Ex-tarifários.