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O desenvolvimento sustentável foi o compromisso assumido por quase 200 países ao firmarem a chamada “Agenda 21”, o principal documento estabelecido na Rio – 92. Dentre as suas premissas e recomendações está o uso adequado dos recursos florestais, o que pressupõe considerarem-se todas as alternativas de uso, incluindo a preservação integral, a conservação por meio do uso dito indireto (ecoturismo, educação ambiental, proteção dos solos, encostas, mananciais de água, paisagens, etc.) ou diretamente explorando seus recursos vivos (fauna e flora). Neste último caso, usar bem implica em manejar a floresta de forma que sejam retirados apenas os recursos florestais que não excedam à capacidade de regeneração natural do ecossistema. No entanto, reverter a histórica utilização predatória das florestas, não é tarefa simples nem rápida. O que se tem observado nas últimas décadas é um aumento da destruição e da degradação das reservas florestais mundiais e da incapacidade dos governos e seus órgãos ambientais de garantir o uso sustentável dos produtos florestais. Por tudo isso, o público consumidor vem se conscientizando da importância de sua participação em todo esse processo. No final da década de 80, inicio da década de 90, o s produtos feitos de madeira de florestas tropicais da Amazônia, África, Indonésia, dentre outros, começaram a ser rejeitados por vários grupos. Na época, os consumidores estavam sendo orientados a não comprar produtos de madeiras tropicais. Contudo, percebeu-se um outro problema: o valor da madeira tropical e das áreas florestais iria cair, o que poderia piorar ainda mais a situação com o aumento do desmatamento, já que as florestas seriam substituídas pela criação de gado e plantações. Em resposta a essas constatações e pensando em asse gurar os recursos florestais para o futuro, consumidores do mundo tod o passaram a procurar produtos ambientalmente corretos, ou seja, produtos que ofer ecessem garantias de que não vieram de desmatamento ou exploração predatória e/ou ilegal. A alternativa encontrada para atender a essa crescente demanda foi a certificação florestal. Realizada por sistemas privados, com representação igualitária dos setores econômico, social e ambiental, a certificação fornece garantias de que o produto é ecologicamente correto. Esses sistemas comprovam que os produtos, como madeira serrada, móveis, laminados, papel, assoalhos, frutos etc., vêm de florestas bem manejadas, de países onde toda a legislação é obedecida, os direitos dos trabalhadores e comunidades são considerados e que a atividade é economicamente viável. |
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