Os componentes voláteis de seis plantas do Cerrado foram investigados. Os óleos essenciais foram extraídos pelo método de hidrodestilação, por duas horas, e o rendimento dos óleos foi: 0,14% (Psidium myrsinites Mart. ex DC.), 0,75% (Hyptis sp.), 0% (Hyptis saxatilis A.St.-Hil. ex Benth.), 0,33% (Psidium laruotteanum Cambess.), 0,46% (Lippia lacunosa Mart. & Schauer) e 2,92% (Lippia origanoides Kunth). Os principais componentes dos óleos são: óxido de cariofileno (26,1%), epóxido de humuleno II (8,8%) e -cariofileno (7,4%) (P. myrsinites); -pineno (17,6%), espatulenol (11,3%) e -pineno (10,0%) (Hyptis sp.); p-cimeno (34,8%), 1,8-cineol (11,9%) e -pineno (11,4%) (P. laruotteanum); linalol (38,7%), -elemeno (18,3%) e -cariofileno (5,4%) (L. lacunosa) e timol (71,1%), p-cimeno (9,6%) e -cariofileno (4,8%) (L. origanoides). Este é o primeiro trabalho em que a composição química dos óleos de P. myrsinites, Hyptis sp. e P. laruotteanum é descrita e a primeira descrição do óleo de L. lacunosa coletado de indivíduos nativos do Cerrado. Todos os óleos foram utilizados em testes de inibição de fungos apodrecedores de madeira, Trametes versicolor (podridão branca) e Gloeophyllum trabeum (podridão parda), pelo método da difusão em ágar com algumas modificações. O óleo de cravo também foi utilizado nos ensaios com fungos. Como esperado os óleos de L. origanoides e de cravo foram bastante efetivos contra ambos os fungos. O óleo de L. lacunosa também apresentou boa atividade, porém, os demais óleos não demonstraram efeito significativo. Esse resultado pode ser explicado pela dificuldade de difusão desses óleos, visto que são compostos por monoterpenos não oxigenados ou sesquiterpenos. A metodologia usada mostrou algumas vantagens quando comparada às técnicas tradicionais.
The volatiles components of six plants from Brazilian Cerrado were investigated. The essential oils were extracted by hydrodestillation during two hours and the oil yields were: 0.14% (Psidium myrsinites Mart. ex DC.), 0.75% (Hyptis sp.), 0% (Hyptis saxatilis A.St.- Hil. ex Benth.), 0.33% (Psidium laruotteanum Cambess.), 0.46% (Lippia lacunosa Mart. & Schauer) and 2.92% (Lippia origanoides Kunth). The principal chemical components were caryophyllene oxide (26.1%), humulene epoxice II (8.8%) and -caryophyllene (7.4%) (P. myrsinites); -pinene (17.6%), spathulenol (11.3%) and -pinene (10.0%) (Hyptis sp.); pcymene (34.8%), 1,8-cineole (11.9%) and -pinene (11.4%) (P. cambess); linalool (38.7%), -elemene (18.3%) and -caryophyllene (5.4%) (L. lacunose) and thymol (71.1%), p-cimene (9.6%) and -caryophyllene (4.8%) (L. origanoides). It’s the first time the oils from P. myrsinites, Hyptis sp. and P. laruotteanum are chemically characterized and it’s the first description of the oil of L. lacunosa collected from specimens belonging to the Brazilian Cerrado. All these oils were used to inhibit de development of some wood decay fungi, Trametes versicolor (white rot) and Gloeophyllum trabeum (brown rot), by the well-diffusion method with some modifications. Clove oil was also used in the fungi essay. As expected the oils from L. origanoides and clove were very effective against both rot fungi. The oil from L. lacunosa also showed a good activity, but the others didn’t demonstrate any significant effect. This might be due to the difficult of the oils to diffuse into the culture medium as the chemical components of those oils with low activity show monoterpenes without oxygen or sesquiterpenes. The methodology used showed some advantages when compared to the current methods.