Para que o carvão vegetal seja produzido com qualidade e quantidade adequadas, é preciso que a madeira apresente baixa umidade, entretanto, secar a madeira ainda é um obstáculo para um melhor aproveitamento energético do material lenhoso. O objetivo deste trabalho foi estudar a secagem de toras de Eucalyptus e Corymbia e o efeito da umidade na carbonização desses materiais. Toras com um metro foram retiradas da base, do meio e do topo dos troncos dessas plantas para avaliação da secagem. As toras foram acondicionadas em local coberto, ao ar livre, e a umidade avaliada por 90 dias. Uma tora, com um metro, foi retirada logo acima da tora da base para estudo da carbonização. As madeiras foram carbonizadas após um, dois e três meses de estocagem com taxa de aquecimento de 1,67 oC/min, temperatura máxima de 450 oC e tempo de residência de 30 minutos. O poder calorífico da madeira, rendimento gravimétrico em base seca e úmida; análise química imediata e poder calorífico do carvão foram avaliados. Após 90 dias de secagem, as toras de Corymbia citriodora apresentaram as menores umidades, 31,13; 20,29 e 17,07% para as regiões da base, meio e topo, respectivamente, o clone Vm 4 (Eucalyptus urophylla) com 40,47; 21,33 e 15,96% de umidade para as regiões da base, meio e topo e de Mn 463 (Eucalyptus urophylla) com 61,28; 33,15; 15,98% para base, meio e topo. Entre todas as toras avaliadas, apenas os caules da base do Vm 4 (Eucalyptus urophylla) e Mn 463 (Eucalyptus urophylla), apresentaram umidade média inferior a 35%, próximo do PSF. Após 90 dias de secagem, houve incremento de 960; 1141 e 1209 cal/g para madeira do Mn 463 (Eucalyptus urophylla); Vm 4 (Eucalyptus urophylla) e Corymbia citriodora respectivamente. Houve incremento no rendimento gravimétrico na base úmida para os três materiais.
For the production of high quality charcoal it is necessary that the wood presents low moisture content. However, there are some barriers to dry round wood in natural conditions for a better energetic use. The objective of this work was to study both Eucalyptus and Corymbia logs drying at natural conditions, assessing the effect of the moisture content on the carbonization of these materials. For this, one meter long logs were cut at the base, in the middle and in the top of the stems. The logs were air seasoned for 90 days in a shed. During this period the moisture content was measured. One 1-meter long log was cut, just above of the basal log for carbonization study. Samples of wood were carbonized after one, two and three months of drying, following heating rate of 1.67 °C/min, maximum temperature of 450 °C and 30 minutes of residence time. The calorific value of the wood, gravimetric yield both in dry and moist bases; immediate chemical analyses and calorific value of the charcoal pieces were assessed. After 90 days of drying, the Corymbia citriodora logs presented the lowest moisture contents – 31.13; 20.29 and 17.07% for the base, middle and top regions, respectively; clone VM4 (Eucalyptus urophylla) with 40.47; 21.33 and 15.96% of moisture content for base, middle and top regions presented intermediate values of moisture content, while clone MN463 (E. urophylla) with 61.28%; 33.5% and 15.98% for base, middle and top regions presented highest moisture contents. Amongst all assessed logs, only the basal logs of clone VM4 and MN463 presented average moisture content lower than 35%, near the fsp. After 90 days of drying, it was observed an increment of 960; 1141 and 1209 cal/g for the woods of clone MN463 and VM4, and for Corymbia citriodora, respectively. Also, it was observed an increment in the gravimetric yield, based in moist wood, for the three genetic materials.