O Brasil possui aproximadamente 4.516.000 de hectares de eucalipto plantados, o que, corresponde a um dos maiores plantios do mundo. Essa planta pode ser danificada por insetos pragas que, devido ao ecossistema homogêneo, favorece esses insetos pela abundancia de alimento. Medidas e técnicas de controle de pragas de eucalipto são utilizadas, desenvolvidas e aprimoradas para proteção dessas florestas, mas pragas podem prejudicar o desenvolvimento das árvores, reduzir a qualidade da madeira e até causar sua morte. O controle biológico com percevejos predadores tem potencial para o combate de surtos de lagartas desfolhadoras, evitando o uso de produtos fitossanitários que podem causar problemas ao meio ambiente e a saúde do homem. O sucesso desses insetos depende de conhecimentos sobre métodos e técnicas de criações massais, desde técnicas de manipulação de posturas até estratégias de pré-liberação, associação de espécies predadoras e conhecimento da dispersão desses insetos para uma maior eficiência desses predadores no campo. Os predadores Podisus nigrispinus (Dallas) e Brontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae), submetidos a períodos sem alimento, antecedendo a liberação, não deve ultrapassar 24 horas devido ao aumento no número de ocorrências de canibalismo, e, o uso de material vegetal é indispensável para reduzir as ocorrências desse comportamento em adultos e ovos. A água obtida da planta é importante para o processo de digestão extra-oral o que melhora a eficiência do ataque desses predadores. Além disso, o uso de P. nigrispinus e B. tabidus deve ser associado visando aumentar a área de atuação desses inimigos naturais e recomenda-se que as liberações sejam realizadas em menores densidades e no maior número possível de pontos para que esses insetos iniciem imediatamente a busca por alimento e colonizem toda a área atacada.
There is around 4.516 millions hectares of eucalyptus crops in Brazil, which represents the largest area of this plant in the world. This plant species is attacked by many insect pests because the homogeneous ecosystem and the abundance of food that can favor the establishment of these insects. Different measures and techniques for pest control in eucalyptus crops have been used, developed and enhanced to protect these forests against the attack that can reduce the development of trees, decreasing the wood quality and even cause its death. Biological control by the use of predatory stink bugs is an alternative control that presents a great potential against caterpillar outbreaks by avoiding the use of chemical pesticides that can cause problems to the environment and human health. The success of the use of these insects depends on the knowledge about the mass rearing methods and techniques, since techniques of egg mass manipulation until pre-release techniques, association of predatory species and the knowledge about dispersion of these insects for a higher efficience of them in the field. The without food periods to the predatory bugs Podisus nigrispinus (Dallas) and Brontocoris tabidus (Signoret) (Heteroptera: Pentatomidae), before the release cannot be longer than 24 hours because of the increase of cannibalism and the use of plant material is important in order to decrease this behavior on adults and eggs during this period. The water obtained of plant is important to the process of extra-oral digestion what improve the efficiency of the attack of these predators. Besides, the use of both predatory bugs together in the field can increase the foraging area and it is also recommended releases in lower densities and as more release points as possible to improve the predator foraging, dispersion and colonization of the attacked area.