Resumo:
Visando estabelecer maior integração entre a pesquisa, a extensão e o produtor rural, foi realizado o planejamento da agenda de transferência de tecnologias florestais entre Embrapa Florestas, Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural do Paraná (Emater-PR) e Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Paraná (SEAB-PR), definindo as ações e as responsabilidades de cada uma das instituições. Atualmente, as informações técnicas sobre a inserção do componente florestal e adequação ambiental das propriedades rurais têm sido uma das grandes demandas por parte de técnicos extensionistas, multiplicadores e produtores rurais. Neste sentido, o objetivo deste trabalho é descrever a metodologia utilizada para elaboração de um módulo piloto para capacitação em adequação ambiental, bem como para apontar os principais resultados em termos de avaliação metodológica e identificação de novas demandas por tecnologias florestais relacionadas ao tema. O curso contou com a participação de extensionistas da Emater-PR, técnicos da SEAB-PR, coordenadores técnicos da Emater-PR, analistas e pesquisadores da Embrapa Florestas (pertencentes ao grupo de Pesquisa de Conservação e Adequação Ambiental - CONADE), gestores e coordenadores da agenda comum de transferência de tecnologia - TT, além de técnicos e pesquisadores do Centro Paranaense de Referência em Agroecologia - CPRA, que abordaram questões na prática de campo, aplicado às pesquisas em andamento no centro. O curso foi realizado em outubro de 2011, no CPRA, localizado no município de Pinhais, PR, e foi resultado da parceria entre Embrapa Florestas e CPRA, parceria essa baseada em pesquisas com Sistemas Agroflorestais (SAFs). O trabalho demonstra a necessidade de adequar novos cursos às demandas levantadas pelo grupo, enfatizando a necessidade de um maior detalhamento técnico dos temas abordados, como sequestro de carbono, softwares de manejo florestal, certificação florestal, bioindicadores para avaliação das propriedades, recuperação de áreas degradadas, recomendação e plantio de espécies nativas. Além disso, ressalta-se a importância das práticas de campo, bem como a discussão com metodologia participativa para identificar as demandas dos extensionistas, pois estas foram essenciais para agregar maior qualidade técnica e aprofundamento dos temas do curso. Este trabalho poderá servir também de base para atuação e planejamento de futuras atividades em transferência de tecnologia entre as instituições.