Resumo:
Esta pesquisa objetivou analisar os registros de ocorrência de incêndios (ROI) em plantios florestais localizados no norte do Estado do Espírito Santo e sul da Bahia. A metodologia foi feita com base na análise do histórico de ocorrências de incêndios e condições meteorológicas no período de 2008 a 2012. Foram analisadas as relações das ocorrências de incêndios florestais com as condições meteorológicas da região, utilizando os dados: precipitação pluviométrica, temperatura e umidade relativa. Foram também analisados os registros dos incêndios florestais durante o ano, ao longo do dia, ao longo dos meses e horários de ocorrência. Além disso, efetuou-se uma análise das etapas do combate aos incêndios florestais (tempo de mobilização, distância e tempo de deslocamento, tempo de combate e tempo de rescaldo). Por fim, avaliaram-se as características das áreas atingidas e a eficiência dos programas de prevenção e combate (classes de tamanho). O mês de setembro apresentou o maior índice de ocorrência de incêndios (14,48%) e o mês de abril o menor (2,96%). Os resultados mostraram uma constante relação de fatores meteorológicos (precipitação pluviométrica, temperatura média e umidade relativa) com a ocorrência de incêndios, mas deixou claro que o comportamento do fogo sofre influência de outros fatores externos. Quanto à susceptibilidade durante as estações do ano, durante o inverno (29,24%), o verão (29,02%) e a primavera (28,73%) houve mais ocorrências e no outono houve menor concentração de ocorrências (13,01%). O maior percentual concentrou entre 11h00min e 16h00min (61,05%). Para o tempo de mobilização, o registro foi de 83,23% nas Classes I (<1 min) e II (1-5 min). Quanto à distância de deslocamento, 59,45% foram nas Classes I (<10 km), II (11-20 km) e III (21-30 km). O tempo de deslocamento concentrou 59,55% na Classe I (≤30 min). Com relação aos tempos de combate, 53,93% foram nas classes I (≤15 min), II (16- 30 min), III (31-45 min) e IV (46-60 min). Quanto ao tempo de rescaldo, 71,02% estão distribuídos nas Classes I (≤15 min) e II (16-30 min). Das áreas queimadas, 85,18% estão situadas dentro das Classes I (0-0,09 ha - 15,03%), II (0,1-4,0 ha - 70,15%) e III (4,1 – 40,0 ha - 14,7%), indicando eficiente sistema de combate.