Resumo:
O Nordeste brasileiro é, atualmente, responsável por 99% da produção nacional de castanha de caju, com uma área colhida de 551.842 ha. Nesta região, encontra-se instalado o parque industrial processamento de beneficiamento do pedúnculo de castanha de caju e para obtenção do suco de caju. Comparando-se a atual capacidade instalada, que é de 180 mil toneladas por safra, com a produção atual observa-se que existe uma capacidade ociosa elevada que poderá ser reduzida com a expansão da produção. Dentre os estados produtores, o Rio Grande do Norte foi, na safra de 199/91, responsável por 23,3% e 21,0% da produção regional e área colhida, respectivamente. Apesar de exercer importância na cajucultura nordestina, até meados de 80, o cajueiro, neste Estado, era explorado de maneira extrativista. A sua expansão só ocorreu a partir de 1988, quando os cajueiros plantados com auxílio dos incentivos fiscais iniciaram a produção. Apesar do aumento da produtividade no estado do Rio Grande do Norte no período de 1985/90, comparando-se o rendimento da safra de 1990 com o obtido em 1980, verifica-se uma redução de 20,49% na produção média de castanha de caju por hectare. As causas deste decréscimo são, em grande parte, decorrentes de manejo e tratos culturais inadequados e elevada incidência de pragas e doenças. Em função da importância econômica do cajueiro para o Rio Grande do Norte, este estudo tem por objetivos conhecer a situação atual, o tipo de estabelecimento, bem como a distribuição da produção desta cultura nos diversos extratos de área e analisar a tendência atual da cajucultura no Estado e propor algumas alternativas para sua modernização tecnológica.